45% das empresas do Brasil esperam contratar no próximo trimestre

As empresas brasileiras mantêm-se otimistas quanto a contratações para o segundo trimestre deste ano. Segundo a Pesquisa de Expectativa de Emprego Manpower, realizada pela empresa de soluções em mão de obra, a expectativa líquida de emprego do Brasil (diferença entre as porcentagens de empregadores que indicaram que irão aumentar o quadro de funcionários e a porcentagem de empregadores que planejam fazer reduções na força de trabalho no próximo trimestre) é de +40%.

O número representa aumento de quatro pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2011 e dois pontos percentuais em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Para chegar ao índice, 876 empregadores brasileiros responderam à pergunta “Qual a sua previsão de variação no número total de funcionários em seu local de trabalho, comparando o trimestre atual com o próximo?”. Entre eles, 45% esperam aumento em seus planos de contratação, enquanto apenas 5% esperam reduções de pessoal.

Segundo a pesquisa, o quadro é estável em relação à demanda de pessoal e criação de postos de trabalho para o próximo trimestre -entre abril e junho deste ano. O levantamento ouviu quase 64 mil empregadores em 39 países e territórios.

Otimismo
A expectativa líquida de emprego do Brasil é a mais positiva da América Latina, seguida da Argentina (+22%), Peru (+20%) e Colômbia (+17%). Segundo a empresa, o resultado aponta direcionamento de perspectivas positivas também para o restante do ano.

Os empregadores brasileiros do setor de construção civil são os mais otimistas, com uma perspectiva de +54%, sendo vinte pontos percentuais maior que o registrado no primeiro trimestre. Segundo o executivo da Manpower Brasil, Riccardo Barberis, o setor é o carro chefe do otimismo registrado. “A pesquisa indica um enorme potencial de oportunidades no setor baseado no volume de investimentos em infraestrutura programados para o Brasil. É esperado que este fator continue impactando positivamente o mercado de trabalho nos próximos anos”, estima.

O setor de finanças, seguro e imobiliário também aponta perspectivas positivas de emprego de +51%. O resultado para o setor de serviços, que liderou a geração de postos de trabalho com carteira assinada em 2010, diminuiu seis pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre, mas ainda está em +45%. Outro segmento que viu a perspectiva diminuir é o comércio, de +44% para +33%.

A partir dos atuais indicadores, a expectativa é de geração de empregos formais ainda maior em 2011 do que a registrada no ano passado. “No ano passado foram mais de 2,5 milhões de vagas de empregos criadas no País e, além disso, alcançamos a menor taxa de desemprego dos últimos oito anos. O otimismo e a confiança continuam presentes no mercado de trabalho brasileiro, conforme demonstram os resultados da pesquisa”, aponta Barberis.
Local
Entre as regiões brasileiras, empregadores do estado do Paraná têm as perspectivas mais positivas, chegando a +44%. Empregadores da cidade de São Paulo estão em seguida, com +43%, seguidoa pelo estado de Minas Gerais, com +42%.

Países que reportam perspectivas promissoras de acordo com a expectativa líquida de emprego são: Índia (+51%), Taiwan (+45%), China (+36%), Turquia (+34%) e Cingapura (+25%). Empregadores da Grécia, Espanha, Irlanda e Itália reportaram as mais fracas perspectivas na pesquisa.

Segundo o presidente e CEO (diretor executivo) da Manpower Inc, Jeffrey Joerres, os dados de perspectivas para o trimestre apontam duas imagens de recuperação bastante distintas. “Em um extremo do espectro, nós vemos os mercados emergentes em aceleração com empregadores confrontando a crise de talentos, no outro, nós temos países como os EUA e o Japão, onde nós vemos um ritmo melhorado de contratações, mas claramente não a toda velocidade. Nós esperamos ver esta recuperação irregular e de multi-velocidades persistir ao longo de 2011”.
 

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