21|12|2011
Empresto, neste artigo, o título da obra de Robson Rodovalho, publicação da Reino Editorial em 2005. No entanto, por mais que se tratem de obras homônimas, não trataremos do assunto de um mesmo prisma. Creio que esta seja a grande vantagem de sermos indivíduos com experiências e visões diferentes, pois isso contribui para que possamos enriquecer o conhecimento de nossos leitores e ampliemos a produção literária mundo afora.
Estou cada vez mais certo de que liderar seja uma “arte”. Lideramos a nós mesmos, nossos filhos, netos, pares, companheiros, familiares, amigos, colegas de trabalho e porque não, algumas vezes, nossos líderes. Lideramos em casa, no trabalho, na escola, na rua. Podemos ser capazes de liderar para o bem e para o mal, para escolhas certas e incertas.
Mas, afinal, como saber se estamos sendo bons líderes? Como ter a certeza de que estamos contribuindo para que nossos liderados se desenvolvam a ponto de serem capazes de não só fazer as escolhas corretas, mas serem “indivíduos do bem”? Sim, pois líderes são, acima de tudo, formadores de “gente”.
Acredito que esta dúvida seja comumente encontrada nos lideres geral, mas, sobretudo, seja um fantasma que assombre as mentes dos pais de plantão, que não passam de líderes a quem a vida de um terceiro – que de tão importante, sentimos como parte de nós mesmos – lhes é confiada. Ou seja, o grande questionamento em relação à capacidade de liderar bem, é inerente ao ser humano, quer seja em seu âmbito pessoal, profissional ou acadêmico.
Líder é aquele que conduz. E para conduzir negócios faz-se necessário que se conduza, primeiramente, pessoas. E para que isso seja possível, é imprescindível que o líder tenha a capacidade de enxergar o caminho correto a ser seguido. O bom líder faz o que precisa ser feito para atender às novas realidades e aos objetivos da empresa, estando sempre atento para as ameaças e oportunidades, para as fraquezas e fortalezas de sua equipe, de seu negócio e do mercado no qual está inserido.
Os líderes são essenciais para o sucesso de uma organização. Eles são responsáveis não só pelo aprimoramento profissional de seus liderados, mas também pela condução dos trabalhos de suas equipes de forma alinhada com os objetivos da empresa. Estes devem, ainda, estar preocupados com o diálogo com seus subordinados e com o clima organizacional, proporcionando que haja a condições mínimas que favoreçam a execução de trabalhos em equipe.
É importante mencionar que, em um cenário como o atual, de constantes mudanças e de concorrência acirrada, a presença de bons líderes é fundamental para a sobrevivência das empresas. E, retomando o exemplo utilizado no início desse artigo, no qual citamos os pais como exemplo de líderes, deve-se ter em mente que os bebês não são indivíduos “prontos”, necessitando uma dose extra de atenção para que sejam criados em um ambiente favorável para a sua formação e para o seu desenvolvimento.
Dessa mesma forma é importante que as empresas estejam atentas para o fato de que, assim como os recém nascidos, os profissionais não estão prontos no mercado de trabalho. Então, é de suma importância que as empresas sejam capazes de transformar profissionais em líderes de sucesso, ou seja, a formação de líderes tem de estar incluído nos objetivos e na política de gestão de recursos humanos destas.
Vale ressaltar que uma liderança mal escolhida pode trazer graves consequências para a empresa e para os demais colaboradores. Lembrando que, em geral, os liderados sempre querem seguir um líder que admiram e respeitam. E como afirma Maxwell, autor do livro “As 21 irrefutáveis leis da liderança”, “para gerar confiança um líder precisa exibir competência, conexão e caráter”.
Marcelo Daniel é pós-graduado em Psicopedagogia Institucional e Gestão de Recursos Humanos e é um dos autores dos livros Entornos & Contornos Volume 3 e Volume 4 pela editora CNA.