Com sucesso da edtech, Vinicius Gusmão comenta pontos importantes para internacionalização
O mercado de startups no Brasil, e no mundo, tem crescido exponencialmente a cada ano e alcançado números recordes. Segundo dados da Associação Brasileira de Startups, o país saiu de 4.151 startups em 2015, para 13.400 no ano de 2020. E, em um mundo onde as fronteiras para empreender estão cada vez mais dissolvidas, em qualquer lugar do planeta alguém pode se interessar pelo seu produto, seja para investir ou comprar.
O cenário é promissor para quem quer expandir. De acordo com levantamento da consultoria Atlantico, focada em venture capital na América Latina, negócios de tecnologia LaTam deverão receber um recorde de investimentos até o final de 2021, chegando a 20 bilhões de dólares.
Com esta visão de mundo e as facilidades que a tecnologia nos apresenta, muitas empresas já nascem com a percepção de internacionalizar seus produtos e serviços. Contudo, apesar de todas as aberturas que a tecnologia traz, o processo de expansão para o exterior impõe uma série de desafios.
Com sucesso comercial na América Latina, a edtech MedRoom, que hoje faz parte do grupo Ânima Educação, criou o mais completo modelo do corpo humano em 3D do mundo, usando a realidade virtual para possibilitar uma experiência mais profunda e interativa do aprendizado. Presente em seis faculdades no México e duas no Paraguai, somando mais de 30 instituições dentro e fora do Brasil, a empresa já nasceu com a mentalidade de crescer além das fronteiras do país. Pautado em sua experiência, Vinicius Gusmão, CEO da MedRoom, compartilha cinco pontos importantes para obter sucesso no concorrido mercado LaTam:
1- Aproveite as oportunidades do mercado
“Apesar das facilidades que a tecnologia nos oferece em relação às conexões de trabalho, no que diz respeito a encontrar novos clientes, é fundamental aproveitar as oportunidades do mercado, especialmente quando a abordagem envolve distribuidores interessados em levar o produto para o exterior”, explica Gusmão. “Em 2018, conhecemos representantes da Tecnosimbra, que atua na América Latina. Eles já estavam interessados em levar a ferramenta para o México e o Paraguai, e agarramos a oportunidade”, diz.
2- Obtenha um parceiro comercial
Para o CEO, ter parceiros é um dos fatores mais importantes para levar seu serviço para o exterior. “Já tínhamos interesse em levar a ferramenta para países da América Latina e, após alguns meses no Vale do Silício estudando maneiras de vender nosso produto no exterior, obtivemos uma resposta unânime: ‘tenha um parceiro comercial’ que já tenha conhecimento da cultura local”.
3- Conheça profundamente os mercados que quer atuar
“O plano da MedRoom para o futuro é explorar cada vez mais o mercado na América Latina e além, mas sem precisar contar com o acaso. Por esta razão, é essencial conhecer o mercado no qual você quer atuar. Quando o objetivo é expandir para outras regiões, saber para quem vender e como vender é fundamental. Tenha conhecimento dos seus concorrentes e como se diferenciar deles e até superá-los”, orienta ele.
4- Aceleração e incubação
“Aceleradoras e incubadoras são caminhos importantes para economizar tempo e dinheiro e é fundamental ter alguém que guie esses caminhos. Ao buscar a internacionalização de seus produtos e serviços é válido buscar incubações que selecionem startups com projetos voltados a suprir necessidades de determinada região ou governo”.
5- Crie uma rede de contatos
“Sabemos que o mercado de startups está aquecido e é primordial conhecer nossos colegas de mercado, em especial os de outros países. Eventos focados no mercado LaTam, que muitas vezes têm o Brasil como sede, podem ser um bom começo para ter contato com este mercado. Além disso, saber quem são os nomes em evidência neste cenário e acompanhar seus passos pode ajudar a estar perto de quem faz parte deste ecossistema”, finaliza Gusmão. ”
Sobre a MedRoom
A MedRoom chegou para adicionar uma nova dimensão à educação médica. Possuindo o mais completo modelo do corpo humano em 3D do mundo, usa a realidade virtual para possibilitar uma experiência mais profunda e interativa do aprendizado. No Atrium, os alunos podem estudar livremente o corpo humano, explorar cada estrutura, isolar órgãos e sistemas de uma maneira nunca antes vista.
Durante o processo de validação da solução, a startup foi incubada no Eretz.bio, centro de inovação e empreendedorismo do Hospital Albert Einstein. A startup hoje está presente em mais de 30 instituições dentro e fora do Brasil, e faz parte do grupo Ânima Educação, incorporando a proposta de trabalho da INSPIRALI. Aplicando a imersão da tecnologia de realidade virtual (VR, do inglês virtual reality), junto às estratégias de gamificação, cria e simula experiências destinadas à educação e aos treinamentos na área da saúde proporcionando uma plataforma completa de educação médica.