Saber liderar uma equipe multidisciplinar com diferentes tipos de personalidade, enfrentar os contratempos do mercado, inovar constantemente. Os desafios dos gestores nem sempre são fáceis e podem levar ao limite quem não está emocionalmente preparado para enfrentá-los.
Segundo o consultor empresarial Roberto Vilela, mais do que nascer para liderar, um gestor precisa se preparar para a função e não deve esquecer de algumas atitudes que ajudam a desenvolver e manter a inteligência emocional. “Isso não significa não ser abalado por momentos difíceis ao longo da carreira, mas estar sempre em busca de melhorias para o perfil profissional. Você não precisa, necessariamente, estar inabalável diante de alguma dificuldade, mas precisa aprender com ela para crescer”, avalia.
Roberto, que atua há 17 anos na Mega Empresarial, destaca cinco atitudes que apontam para gestores com inteligência emocional. Confira:
– Construindo pontes e não muros: mais do que se isolar na liderança, o gestor precisa criar maneiras de ouvir e compartilhar o conhecimento com os demais profissionais. “Também deve ser acessível. Os seus subordinados precisam saber que podem, de forma transparente e sincera, expor suas ideias sem sofrer qualquer tipo de retaliação ou censura por isso. Essa é uma atitude imprescindível também para o crescimento e amadurecimento da empresa, já que é pela contribuição de todos que se pode ir mais longe”, explica o consultor.
– Valorizando o esforço em equipe: todo mundo gosta de reconhecimento e isso significa que um bom líder sabe dar os devidos créditos e valorizar cada etapa vencida. “Se você só quer que o seu nome seja lembrado e não reconhece que também precisa de todos os envolvidos no trabalho, é um gestor egoísta e centralizador. Na maioria dos casos, acaba afetando o andamento dos negócios apenas para se promover. A melhor atitude de um profissional é saber trabalhar em equipe e reconhecer o papel fundamental de cada pessoa”, avalia Roberto.
– Gestores precisam reconhecer erros: esse, segundo o consultor, é um dos mais difíceis atos que um gestor pode ter: “Mas, ao mesmo tempo, demonstra humildade, reconhecimento sobre suas próprias limitações e, na maioria das vezes, abertura para o crescimento enquanto profissional. Um gestor, invariavelmente, vai errar ao longo da sua carreira. Se ele não admite este fato, com certeza não tem inteligência emocional para conduzir uma equipe ou negócio”.
– Confiança (em si e na equipe): esteja certo de que tomou a melhor decisão e tenha no otimismo uma importante ferramenta de trabalho. Muitas pessoas confundem confiança com soberba, mas saber que possui um staff preparado para os desafios e que anos de dedicação e estudo formaram a base necessária para a tomada de decisões é um fator determinante para o sucesso.
– Saber reconhecer e encarar o momento da mudança: “Seja por conta da crise econômica, da mudança do mercado ou da perspectiva da empresa ou do profissional. Quando chegar a hora, é preciso encarar e aceitar que o mundo muda e precisamos estar abertos e preparados para isso. Destaco esse ponto porque vejo muitos gestores achando que o mundo continua da mesma forma que há décadas atrás e insistem em agir da mesma forma. Mudar é necessário e não só relevante como imprescindível para o sucesso”, finaliza Roberto