Classe C requer estratégias específicas de venda

A agência de marketing Apis 3 promoveu ontem, em São Paulo, o primeiro encontro com clientes e parceiros para discutir estratégia para vendas para a classe C. No evento, empresas falaram sobre suas experiências para entrar nesse mercado.

Três dos quatro sócios da agência trabalharam no Google e há seis meses decidiram montar a própria empresa. Eles já conseguiram mais de 30 clientes, entre grandes e pequenas empresas.

Douglas Hertz, 27, um dos donos, afirma que, para atingir o público emergente, não se deve salientar que o produto ou serviço é feito para eles, mas apenas mostrar o preço menor. "Esses consumidores não vão aceitar um produto pior", diz ele.

Hertz diz que as empresas devem estar atentas à maneira como eles consomem. Ele exemplifica com uma história de um cliente que vende celulares pela internet. Os consumidores usam diversos chips num mesmo aparelho. Sabendo disso, a venda será mais eficaz, afirma.

Lilian Yamamoto, 32, uma sócia da agência, diz que também é preciso ficar atento à maneira como esses consumidores navegam. Ela conta que um computador é usado por mais de uma pessoa, e por isso eles fazem "logout" com mais frequência. "As empresas podem usar a oportunidade de usar o espaço do ‘logout’ para anunciar", afirma.

DUAS PONTAS
Fernando José Alves de Jesus Souza, 35, é um diretor do site Prendas Domésticas. A empresa tem duas especialidades: formação de mão de obra para serviços domésticos e um diretório para encontrar trabalhadores desse ramo.

Souza afirma que a campanha pela rede é eficaz para o público que contrata os trabalhadores e também para encontrar possíveis ofertantes dos serviços.

"Pelo ciclo de inclusão digital, eles [trabalhadores] começaram a se cadastrar no site", diz Souza.
 

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