Não importa o tamanho da empresa ou o tempo que ela atua no mercado, se faltar dinheiro no caixa a instituição estará enfrentando um momento difícil. Esse é um problema tão claro que evitar que algo assim aconteça toma boa parte do dia do responsável pelo gerenciamento do caixa.
Os pequenos e médios negócios, quando recorrem aos bancos, enfrentam pelo menos duas grandes dificuldades: a primeira está ligada ao número de exigências relacionadas com as informações cadastrais, dados financeiros, bens em garantia etc.; a segunda é conseguir um custo financeiro satisfatório.
Recorrer aos bancos nem sempre assegura uma situação confortável e, para evitar que se chegue a essa atitude, a consultora Elaine Gomes, da Moore Stephens Consultores e Auditores, ressalta que é importante que o gestor avalie os negócios da empresa, observando se alguma situação pode causar impacto positivo no caixa da empresa. “A identificação de créditos tributários que podem ser utilizados no pagamento dos impostos é uma dessas situações”, explica.
Existem muitos motivos para que uma empresa fique sem dinheiro e, entre eles, estão os diversos tipos de tributos pagos. Realizar essa tarefa já é algo complicado, o pior é quando eles são pagos indevidamente ou a mais, quando existem erros nos cálculos. “O empreendedor precisa saber que existem créditos tributários não identificados e que eles podem ser utilizados na quitação desses impostos”, explica a especialista.
Segundo ela, a existência de créditos tributários não aproveitados pode estar relacionada aos tributos como ICMS, ICMS-ST, IPI, PIS, Cofins e INSS. “Isso pode passar despercebido na apuração dos tributos devidos”, afirma a consultora. “Quando é detectado que a empresa não está utilizando esses créditos é possível reaver a situação em pelo menos cinco anos, e com isso gerar um estoque de créditos tributários para quitar os impostos do mês, ou aqueles que já estão atrasados”.
Para a empresa detectar se possui créditos tributários, a consultora explica que é essencial avaliar a origem, a legitimidade e a quantificação desses créditos, sejam eles decorrentes de pagamento maior ou indevido, oriundos de retenções ou, em alguns casos, por desconhecimento. “Vale lembrar que as empresas que podem aproveitar os créditos tributários são aquelas que utilizam o regime tributário do lucro presumido e do lucro real”, conclui,