Com a crise e os altos índices de desemprego no País muitas pessoas tornaram-se empresários por necessidade, apostando toda a fonte de renda ou recorrendo aos bancos e financeiras para abrir um negócio. Mas, como saber se o recurso financeiro utilizado ajudará a empresa a crescer? Qual é a melhor forma para obter capital de giro?
No Brasil, são mais de 19 milhões de micro e pequenas empresas ativas e mais de 8 milhões de microempreendedores formalizados no MEIs, segundo levantamento do Empresômetro MPE. Dados do Sebrae revelam que, em maio de 2016, o faturamento mensal dos pequenos negócios foi de R$ 27,8 mil, um aumento de 0,4% comparado ao último ano.
Para identificar se a origem do capital é eficaz para manter a sustentabilidade financeira do negócio, o diretor executivo da ABSCM – Associação Brasileira das Sociedades de Microcrédito, Rubens de Andrade Neto explica que a estrutura de capital de uma empresa é definida pela proporção em que é utilizada cada fonte de recurso financeiro, podendo ser classificada como:
BOA: quando o empreendedor recorre a recursos próprios que financiam os ativos fixos, isto é, a eventual compra de um imóvel e as máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo, e ainda sobra um pouco para o capital de giro.
RAZOÁVEL – quando o empreendedor opta por recursos próprios, somados a empréstimos e financiamentos de longo prazo, financiando ativos fixos e ainda sobra um pouco para o capital de giro.
RUIM – quando o empreendedor capta empréstimos de curto prazo e usados para financiar ativos fixos.
O especialista sugere que, para cada uma das alternativas citadas acima, o empreendedor faça um exercício para entender qual caminho está tomando na condução do negócio. “Por falta de conhecimento, pressa e afobação o microempresário acaba optando por alternativas de crédito que não são interessantes e podem comprometer o crescimento da empresa a longo prazo. O capital, quando bem utilizado, é sem dúvida um aliado para manter a perenidade de um negócio. ”, pontua Andrade.
“Procure utilizar recursos próprios para financiar a totalidade dos ativos fixos e um pouco do capital de giro. Se não for possível, complemente as necessidades de capital para o financiamento de ativos fixos com empréstimos e financiamentos de longo prazo. Evite utilizar recursos oriundos de empréstimos e financiamentos de curto prazo para financiar imóveis ou máquinas e equipamentos.