Uma ideia na cabeça e a vontade de empreender não bastam para colocar uma empresa em funcionamento ou mesmo promover sua expansão. É preciso capital. Em época de ajustes na economia brasileira, em que os bancos estão mais rigorosos e o acesso ao crédito está mais difícil, a saída para algumas empresas é buscar fontes alternativas de recursos que garantam seu crescimento. Dessa forma, surge a possibilidade de recorrer a fundos de investimentos que aportam recursos em empresas que têm grande potencial de crescimento, como startups ou outras empreendimentos que tenham produtos e serviços inovadores ou busquem novos mercados para seus produtos.
Para ajudar os empreendedores a entender como funciona esse ecossistema de capitalização, o Sebrae promove a terceira edição do Papo de Negócios 2015, com o tema Capitalização dos Pequenos Negócios, nesta sexta-feira (31). No bate-papo virtual, Ângela Ximenes, superintendente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e especialista em capital empreendedor, vai explicar conceitos e modalidades de investimentos possíveis voltados para empresas com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano, dar dicas para os empresários identificarem o fundo mais adequado à sua realidade e apresentar números do mercado.
Negócios inovadores com potencial de crescimento rápido e de maneira escalável podem procurar diferentes tipos de capital empreendedor, a depender do momento de maturidade em que seu negócio se encontre, para garantir recursos que ampliem o mercado da empresa ou ajude no lançamento de novos produtos ou serviços. Além de receber recursos, a empresa passa a ter um novo sócio que compartilhará riscos com o empreendedor. Esse novo sócio também contribuirá na gestão do negócio com base em sua experiência, possibilitando ao empreendedor suprir lacunas em áreas em que não detenha expertise.
As empresas podem receber dinheiro desses investidores em diferentes momentos (veja definições abaixo), sendo que os pequenos negócios podem encontrar no capital pré-semente a melhor alternativa para seu crescimento. Nesse caso, ele pode receber esse dinheiro de investidores-anjo, de aceleradoras ou plataformas de equity crowdfunding. “O Sebrae está atuando por meio da orientação aos empreendedores sobre o funcionamento dessas formas de captação de recursos, ressaltando os cuidados que a empresa deve ter ao submeter seus projetos a esses investidores, evitando riscos ao negócio”, afirma o gerente de Acesso a Mercados e Serviços Financeiros do Sebrae, Paulo Alvim.
O Papo de Negócios, que funciona como uma mesa redonda virtual onde os convidados respondem a questões propostas pelo público, acontece ao vivo, via hangout, das 15h às 15h30. Não é necessário fazer inscrição, qualquer pessoa pode participar. Para assistir à palestra, basta ter uma conta no Youtube e, para participar do chat ao vivo, é preciso estar conectado a uma conta no gmail. Para se conectar, basta acessar o link disponível no sitewww.sebraemercados.com.br.
Tipos de capital empreendedor
1) Capital pré-semente: adequado à empresa inovadora que está começando, possui faturamento, mas o produto ou serviço ainda está em momento de validação pelo mercado. Nesse caso, a empresa pode receber esse dinheiro de investidores-anjo (pessoas físicas que investem em novos negócios com potencial de crescimento), de uma aceleradora (organização que ajuda novos negócios a se desenvolverem e chegarem mais perto de receber capital semente) ou uma plataforma de equity crowdfunding (site na internet onde pequenos investidores se juntam para colocar dinheiro em pequenas e médias empresas).
2) Capital semente ou Seed Money: adequado à empresa que já encontrou um modelo de negócio e já validou. Esse aporte é feito por fundos de investimento especializados em capital semente.
3) Venture capital: adequado à empresa que possui um faturamento mais elevado, um nível de gestão mais estruturado e cujo negócio já está em consolidação e precisa de recursos para crescer e dominar um determinado mercado ou dar um novo salto de inovação. Esse aporte é feito por fundos de investimento especializados em venture capital.
4) Private equity: adequado à empresa que está pronta para se estruturar e se consolidar. O aporte de recursos é feito por fundos de investimento especializados em private equity. Depois de receber dinheiro de private equity, a empresa pode eventualmente entrar na Bolsa de Valores ou ser comprada por uma corporação de maior porte.
Com informações da Agência Sebrae