21|11|2011
Para as empresas, de modo geral, temas como motivação, trabalhos em grupo, alta performance, não envelhecem, embora existam mais discursos que ações práticas.
Podemos observar o resultado gerado por grupos criativos que se formam espontaneamente na música como MPB, Bossa Nova, Rock, na pintura, os movimentos na Espanha com Picasso, Dali, no esporte, o voleibol, tênis, e muitos outros.
As pessoas, para criarem, podem se reunir ou apenas absorverem e intercambiarem idéias, gerando trabalhos espetaculares, quebrando paradigmas.
Quando a onda passa ou alguns gênios se afastam ou nos deixam, fica um vazio difícil de ser preenchido, já notou? Ondas de criatividade são resultados dos encontros de pessoas geniais, contagiando pessoas tidas normais, despertando e motivando seu lado criativo. Meus avós costumavam dizer que se você cria um filho com um gato ele só vai aprender miar.
Criatividade necessita convivência e desafios, por isso, não raro, artistas brilhantes passam por fases obscuras. Grandes obras foram criadas em momentos de terríveis crises mundiais, frutos das manifestações e contestações dos artistas.
Evidentemente que não queremos que nossas empresas passem por nenhuma séria crise para que a criatividade seja despertada, principalmente porque nesses momentos os talentos poderão procurar locais mais seguros. Transformemos a palavra crise em desafios, estes sim motivam o ser humano a criar, sair do lugar comum e os talentos a se reunirem.
Em um projeto, quanto maior a dispersão, maior a necessidade de coordenação, isso é óbvio, mas é importante destacar. Temos a tendência de considerar que o líder ou o coordenador é totalmente responsável pelos resultados, criando um conflito: todos querem opinar, poucos querem assumir.
Esta afirmativa, quando dita à grupos em treinamento, muitas vezes é contestada, contudo basta atribuir algumas responsabilidades à função do coordenador e solicitar voluntários para que os contestadores se contenham.
As empresas continuam trabalhando com círculos de qualidade, mas não com a mesma intensidade e frequência que faziam no início da onda. Nesses momentos encontrávamos situações muito interessantes, criativas e participativas.
O grupo, tendo um integrante dotado de genialidade contagiando os seus membros, desenvolvia um trabalho altamente elogiado e logo era seguido pelos demais.
Numa situação como essa ninguém quer ficar para trás, portanto há motivação para reflexão, debate, criação e implementação, em busca de melhores resultados para organização.
O inverso também é fato, a mediocridade leva muitos projetos ao fracasso, embora até uma análise superficial possa mostrá-los viáveis.
As empresas sempre terão momentos bons e ruins, situações de maior ou menor prosperidade, contudo criar condições para melhor aproveitamento das oportunidades é imprescindível. Lembrando a velha frase “sorte é o encontro da oportunidade com o preparo”, vá um pouco além, acrescente um pouco de genialidade, mas atenção: reconheça e aceite-a. Essa será uma atitude genial!
Ivan Postigo é economista, bacharel em Contabilidade e pós-graduado em Controladoria pela USP