A ideia de parar de trabalhar depois dos 55 anos está mais distante dos profissionais. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2003 ao primeiro trimestre de 2011 o número de pessoas ocupadas com 50 anos ou mais subiu 56,1%.
A consultora Maria Giuliese confirma que há gente mais velha ainda na ativa. "Acabo de recolocar um executivo de 65 anos", afirma a sócia da consultoria Lens&Minarelli.
Ela reconhece que os casos ainda são poucos, mas que o mais importante não é a idade cronológica. "[Quem quer se posicionar nessa época da vida] deve ter uma postura positiva diante da realidade, não resistir às mudanças e procurar se adaptar ao mercado", considera.
Giuliese lembra que, independente de quantos anos tenham, os profissionais devem cuidar de sua empregabilidade. O primeiro passo é manter-se preparado, com experiências importantes, cursos e domínio de alguns idiomas.
Depois, devem-se identificar segmentos de mercado que possam se interessar por sua vivência e deixar claro seu projeto de carreira. "Mandar currículo para tudo quanto é lado não é a melhor forma de buscar uma posição."
A executiva assinala que interagir nas comunidades e nas redes sociais também ajuda.
Nos EUA, a força de trabalho também tem ganhado "cabelos cinzas". Muitas pessoas atrasam a aposentadoria por causa da economia e alguns mais velhos se mantêm ativos por preferência pessoal.
De acordo com o departamento de estatística trabalhista dos EUA, o número de empregados entre 55 e 64 anos deve crescer 36,5% de 2006 a 2016.
A dica da consultora de recursos humanos norte-americana Barbara Pachter é que esses profissionais aprendam a trabalhar para um chefe mais jovem. "É preciso ainda entender a forma de comunicação do chefe –se ele ou ela prefere mensagens de texto, deve-se usar esse recurso."