A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas ficou em 94,9% em julho de 2011. Em junho, tinha sido de 95,1% e, em julho do ano passado, de 95,3%. Trata-se da quinta queda consecutiva na comparação anual, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira pela Serasa Experian.
Isto significa que, durante o mês passado, a cada 1.000 pagamentos realizados, 949 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias.
De acordo com os economistas da entidade, o atual processo de desaceleração econômica, a alta dos juros e o consequente aperto nas condições de crédito estão produzindo efeitos adversos sobre o custo financeiro e o caixa das micro e pequenas empresas.
"Isto tem dificultado a realização de pagamentos em dia dos compromissos financeiros por parte das micro e pequena empresas".
Em julho, as maiores quedas na comparação com o mesmo mês de 2010 ocorreram nas micro e pequenas empresas industriais (recuo de 0,5 ponto percentual) e de serviços (queda de 0,9 ponto percentual).
Já nas micro empresas do setor comercial houve elevação de 0,1 ponto na pontualidade de pagamento.
O valor médio dos pagamentos efetuados pontualmente pelas micros e pequenas empresas no mês passado atingiu R$ 1.716,70, alta de 3,8% em relação ao verificado em junho.
No acumulado dos primeiros sete meses de 2011, em relação ao mesmo período do ano passado, o valor médio dos pagamentos pontuais subiu 6,2%, (R$ 1.589,06 ante R$ 1.496,55) ligeiramente abaixo, portanto, da inflação acumulada no período (de 6,4%, medida pelo IPCA-IBGE).
"A queda do valor, em termos reais, dos pagamentos pontuais na média do primeiro semestre, é um sinal adicional de dificuldade que as micro e pequenas empresas estão encontrando em quitar seus compromissos em dia", dizem os economistas da Serasa Experian.