Em tempos de crise econômica, muitas empresas não conseguem honrar seus compromissos financeiros como deveriam e gostariam, o que causa muita preocupação aos empresários e gera muitas dúvidas sobre como proceder no momento em que já se pode renegociar o pagamento. Lazar Halfon, CEO da HSA Soluções Financeiras, empresa de Curitiba (PR) especializada em reestruturação de dívidas e recuperação judicial, mostra sete passos a serem seguidos para regularizar a situação:
1- O devedor nunca deve perder sua soberania: não aceitar regras impostas pelo credor, a decisão sobre a forma de pagar dívidas está condicionada à capacidade financeira da empresa e não à condição imposta pelo credor.
2- Tenha calma e firmeza na hora de adicionar garantias: só faça trocas justas. Se der ou aumentar garantias, deve haver uma relação de troca justa, com redução substancial de juros e dilação de prazo de acordo com as necessidades do devedor.
3- Renegociação deve sempre ser definitiva: caso contrário, o devedor perde totalmente sua credibilidade. É melhor ter o desgaste inicial do que descumprir o acordo em pouco tempo.
4- É melhor entregar logo o ativo ao credor, fazendo a chamada dação em pagamento: às vezes é melhor entregar um ativo ao credor do que dá-lo em garantia, pois com o tempo o valor do ativo deprecia e o da divida sobe.
5- Não trate a renegociação de dívida de forma intuitiva ou emocional: não adianta tentar resolver o problema na base do relacionamento com o credor – é preciso solucionar a situação de forma profissional.
6- Seja conservador nos prazos que negociar: depois de analisar seu fluxo de caixa, avalie meticulosamente o prazo em que pode pagar a dívida e negocie um prazo bem maior. Com isso, não corre o risco de haver um imprevisto e você ficar novamente inadimplente.
7- Por fim, leia atentamente Maquiavel: “Faça todo o mal de uma única vez, e o bem aos poucos”.