Estamos sempre lendo e comentando sobre os casos de sucesso de empresas pequenas que nascem atropelando o mercado com ideias inovadoras e produtos revolucionários.
É instigante e motivador ver estes empreendedores paladinos desbancando os gigantes corporativos estabelecidos há anos. No entanto, se ficamos felizes pela atualização e evolução do mercado, por outro lado deveríamos nos abalar por ver que uma organização parou no tempo e não foi capaz de se reinventar.
Do ponto de vista da administração de negócios, dar atenção aos segredos do sucesso das desafiantes é tão importante quanto analisar as questões que levaram as já consolidadas a se transformarem em paquidermes preguiçosos. Mais ainda, é imprescindível atentar a como fazer para evitar ou reverter isso, já que se manter no topo é tão difícil quanto chegar lá.
Dentre os diversos motivos que podem levar uma organização a esta situação de declínio, a que mais chama a atenção é a perda de agilidade e mensuração, tanto dos resultados quanto da qualidade dos processos, causada pela falta ou deficiência na informatização.
É comum encontrarmos empresas aonde o controle de processos críticos é feito em papel, em frágeis planilhas eletrônicas ou em sistemas de informação totalmente ultrapassados, engessados e limitados.
Como os projetos de implantação de sistemas exigem investimento, ainda que nem sempre expressivo, os departamentos tendem a se acostumar com os controles existentes, ou a criar soluções paliativas, que com o tempo se transformam em verdadeiros Frankensteins.
Um caso de declínio empresarial visto recentemente no mercado brasileiro estava diretamente relacionado à falta de informatização. A empresa não possuía um sistema de CRM, e, portanto, era incapaz de praticar uma política de relacionamento com o cliente mais efetiva, ou mesmo ações de marketing mais atraentes para o consumidor.
Do outro lado, a empresa recém-criada dispunha de um sistema moderno e flexível, e foi capaz de executar diversos tipos de campanha e medir seus resultados rapidamente, conseguindo ofertar pacotes de produtos e serviços direcionados a segmentos específicos. Rapidamente cresceu e abocanhou uma fatia expressiva de mercado.
Os gestores devem estar atentos às necessidades de controle dos processos e visibilidade dos resultados. É preciso ponderar sobre os investimentos necessários, seja para reforma ou melhoria contínua, a fim de não perder sua posição de líder de mercado. Se você não investir, seu concorrente o fará.
Daniel Oliveira é sócio-diretor do Grupo i9 – Tecnologia e Inovação empresarial. www.i9tec.com.br.