5 motivos para desistir da Experiência de Usuário

O termo “User Experience” – ou, simplesmente UX – não é novo no Brasil, mas vem ganhando espaço nas agências, empresas de tecnologia e até mesmo dentro de diretorias de grandes empresas de produtos e serviços.

“Trata-se de tentar enxergar, por meio de diversas pesquisas e estudos, os objeivos, dores e necessidades do usuário, para que se possa construir algo estrategicamente e entender se o usuário ficará ou está satisfeito com o serviço e/ou produto oferecido por determinada marca”, explica Eurípedes Magalhães, publicitário e designer com mais de duas décadas de experiência na agência RIOT

“Todo mundo quer conquistar o usuário e agradá-lo, mas a maioria não sabe que esse processo não é tão fácil quanto parece. É preciso dedicação, estudo, confiança nos profissionais  dentre muitas outras coisas”, completa o executivo.

Para evitar uma estratégia de UX ineficaz, Eurípedes Magalhães enumera 5 motivos para fazer bem feito:

1) UX é um processo demorado

Para fazer UX mal feito, é melhor não fazer. Mas, para fazer bem feito, você precisa de muitas pesquisas, estudo de teorias, tecnologia e, principalmente, muito tempo. Se você acha que em três dias terá um projeto de UX pronto, esqueça. Por mais que existam processos rápidos (e que devem ser aproveitados e utilizados o tempo todo, eu uso muito) é importante ter base e organização, só um wireframe ainda não é UX.

2) UX não trabalha com achismos

Sempre existe bastante tecnologia envolvida em projetos de experiência de usuário. Nada é feito sem uma pesquisa por trás, por isso, não adianta pensar apenas na sua experiência como profissional da área. Cada produto é um produto, então deve-se analisar caso a caso. É claro que se fazem testes, claro que se fazem suposições que depois serão pesquisadas, mas o “eu acho” não funciona.

3) UX não sabe as respostas, sabe as perguntas

As pessoas costumam me procurar perguntando “já que você é especialista em usabilidade, o que você acha que dá mais certo? Essa ideia ou essa?” e a resposta na maioria das vezes é “não sei”. A questão é que no processo de descoberta sabemos as perguntas certas e esse é um ponto muito importante, porque, com isso, conseguimos ir atrás das respostas. Boas práticas existem, eu sigo muitas delas e sugiro em jobs que não temos tempo para pesquisa, é importante entender que o caminho é variado e interconectado.

4) UX trabalha integrado com todos

Quando se pensa projetos com UX, se pensa holisticamente do início ao fim. Profissionais dessa área precisam ter uma visão integrada e variada, entender o projeto como um todo, participar de cada etapa e saber quais as necessidades, as competências e oportunidades para cada área envolvida. Costumo dizer que UX pode ser a “cola” que conecta as áreas, porque entender que é necessário integrar todos ao trabalho.

5) UX pisa no calo dos outros

Quem está acostumado com o trabalho tradicional, não quer sair da zona de conforto e ser “cutucado” sofre um pouco com isso, eu sempre tento usar técnicas novas, caminhos novos, experimentar. Pensar no usuário já é uma coisa antiga, mas planejar corretamente a experiência dá trabalho, muitas vezes leva tempo e nem todo mundo quer fazer.

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