Ascensão do modelo traz benefícios para empresas e propõe novos formatos de trabalho
House agency ou agências in-house deixaram de ser apenas uma tendência disruptiva do dinâmico e acelerado mercado de marketing e hoje são uma realidade no Brasil. O modelo, que foi adotado primeiramente por grandes corporações e marcas mais reconhecidas do grande público, também passou a ser implementado por empresas de diversos segmentos, substituindo ou, em alguns casos, funcionando em conjunto com as agências tradicionais com mais liberdade criativa e inovação ágil para potencializar resultados de negócio.
De acordo com um levantamento realizado pela Association of National Advertisers (ANA), que representa a comunidade de marketing nos Estados Unidos, 82% dos entrevistados contam com uma agência interna em sua estrutura. A eficiência de custos é o principal benefício apontado pela grande maioria, embora tenha outras vantagens, como melhor conhecimento das marcas e das empresas e também a possibilidade de contar uma equipe totalmente dedicada para estabelecer uma comunicação em tempo real, gerando mais proximidade e relevância com os públicos, sejam outros diferenciais que mostram o sucesso do modelo.
“Uma agência in-house tem a vantagem de estar imersa na cultura e nos processos das empresas. Isso significa que os profissionais da agência podem ter um conhecimento mais aprofundado sobre os negócios, produtos e serviços, público-alvo e objetivos estratégicos. Isso facilita a criação de estratégias de marketing mais alinhadas com a empresa”, comenta Karina Rehavia, Fundadora e CEO da Ollo, empresa líder em novos formatos de contratação.
Ao aderir a este modelo, empresas conseguem ter um controle direto sobre as atividades de marketing, acompanhando de perto o trabalho da equipe, com acesso imediato aos resultados e fazendo ajustes imediatos quando necessário. “A Unilever, por exemplo, criou a U-Studio, seu departamento interno de comunicação. De acordo com relatórios da empresa, desde a implementação da in-house, a empresa tem criado conteúdos de forma mais rápida e com uma economia de cerca de 30% em relação aos valores gastos com empresas terceirizadas”, relata Karina Rehavia.
Além da Unilever, empresas como Órigo Energia e Domino’s já possuem sua própria estrutura in-house, criada de forma customizada pela Ollo para os desafios identificados por cada cliente.
Atualmente, 50% dos maiores anunciantes do país já possuem uma estrutura de agência in-house ou até mesmo times de especialistas internos terceirizados, que são times menores e otimizadas focadas em uma única atividade do mix de marketing como, por exemplo, performance, compra de mídia, social, trade marketing, eventos.
Para implementar uma agência in-house de forma eficaz, alguns passos precisam ser observados:
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Definição de objetivos claros: estabelecimento de metas que ajudarão a direcionar os esforços e a medir o sucesso ao longo do tempo;
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Avaliação das necessidades: identificação das atividades em que essa implementação pode trazer maior valor e complementar as habilidades existentes;
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Planejamento do investimento: As operações podem ser customizadas de acordo com o orçamento.
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Identificação de talentos internos: reconhecimento da equipe interna e avaliação de suas habilidades e experiências para atribuir funções que maximizem seu potencial e agreguem valor ao time;
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Construção de uma cultura colaborativa: incentivo à troca de ideias entre os colaboradores e criação de canais de comunicação eficazes;
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Avaliação do desempenho de forma periódica: estabelecimento de métricas e indicadores-chave.