Como as redes sociais se tornaram hubs de inteligência para criar marcas sólidas

Por Junior Sturmer, Head de Marketing da TruckPag*

As redes sociais deixaram de ser apenas vitrines digitais para se tornarem verdadeiros hubs de inteligência de mercado. Mais do que canais de divulgação, elas hoje funcionam como sensores do comportamento humano — onde marcas atentas conseguem identificar padrões, desejos, dores e oportunidades que moldam estratégias mais sólidas e alinhadas à realidade do público.

Observar o que as pessoas consomem, comentam e compartilham nas redes oferece insights valiosos. Cada curtida, comentário ou repost é uma pista reveladora sobre o que importa para aquele público. Trata-se de uma fonte dinâmica e em tempo real para orientar decisões de marketing, posicionamento e desenvolvimento de marca.

No Brasil, o cenário é especialmente promissor: somos o terceiro maior consumidor de redes sociais no mundo, com 131,5 milhões de usuários, segundo pesquisa da Forbes Brasil. Nesse contexto, estratégias genéricas perdem cada vez mais espaço. Marcas que tentam falar com “todo mundo” acabam, na prática, não se conectando com ninguém. O diferencial está em compreender nichos, respeitar tribos e estabelecer diálogos genuínos.

A tendência é clara: marcas mais humanas, próximas e conversacionais estão ocupando o protagonismo. Os discursos institucionais e distantes dão lugar a interações autênticas, que geram conexão emocional e senso de pertencimento. Isso exige que o negócio fale a língua do seu público e esteja integrado à sua rotina — com escuta ativa, empatia e adaptabilidade.

Hoje, 48,9% das pessoas utilizam as redes sociais para descobrir marcas e explorar seus conteúdos, segundo dados da WPBeginner. Ou seja, o primeiro contato com uma marca muitas vezes acontece no feed, nos stories ou até em um comentário — e essa experiência inicial pode ser determinante para consolidar (ou comprometer) a imagem do negócio.

As grandes marcas já entenderam isso. Em vez de campanhas frias e unilaterais, adotam estratégias centradas em conteúdo que ensina, inspira e cria identificação. Seja por meio de séries no Instagram, comunidades no LinkedIn ou interações espontâneas no X (antigo Twitter), o foco está em criar relacionamentos antes de gerar vendas.

O impacto vai além da construção de reputação. Segundo a Cortex Intelligence, 43% dos consumidores descobrem novas marcas ou produtos através das redes sociais. Ou seja, presença ativa e bem direcionada nas plataformas digitais impulsiona diretamente a descoberta e o crescimento do negócio.

Diante desse cenário, construir autoridade e relacionamento deixou de ser opcional — são os dois pilares fundamentais para marcas que querem não apenas ser lembradas, mas também respeitadas e defendidas por sua comunidade.

Olhando para o futuro, o marketing nas redes sociais tende a se tornar ainda mais personalizado, com maior protagonismo de comunidades e criadores de conteúdo. Os negócios que quiserem se destacar precisarão estar conectados a valores, causas e comportamentos que vão muito além do produto.

Em um mundo onde a atenção é escassa, ser relevante é o que separa as marcas que realmente se conectam daquelas que apenas ocupam espaço.

 

*Junior Sturmer é Head de Marketing da TruckPag, startup de meios de pagamento que há seis anos vem transformando a gestão de frotas pesadas no Brasil. Junior está à frente de um time multidisciplinar, liderando estratégias que conectam branding, performance, eventos e cultura, gerando valor para o negócio e fortalecendo a identidade da marca. O executivo é formado em Publicidade e Propaganda pelo Centro FAG e acumula especializações complementares em marketing, branding e growth por instituições como ESPM, G4 Educação e Space EDU. Com mais de 10 anos de experiência no setor, conecta marketing estratégico, análise de mercado e design, e é reconhecido como um  profissional que conecta criatividade, dados e resultados.

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