09|02|2012
Diz o slogan famoso que “a primeira impressão é a que fica”, e alguns utilizam esta definição apenas para slogan publicitário, porém tenho para mim que a frase deveria ser um pouco diferente: “a primeira imagem é a que fica”, pois, antes mesmos de decodificarmos a mensagem em texto, temos a tendência a prestar mais atenção à figura.
É como quando presenciamos um estouro do foguete que produz uma luz (imagem) e um som. Primeiro vemos a alegoria colorida no céu e depois escutamos o estrondo. Em uma tempestade acontece à mesma coisa. Antes de ouvirmos o som do trovão vemos a representação do relâmpago. Quando conhecemos alguém, antes mesmo de ouvir, observamos sua imagem e dela formamos uma primeira impressão sobre como é aquela pessoa. Ao lermos uma revista, na maioria das vezes, olhamos primeiro as fotos, para depois lermos o título e só então decidirmos se vale a pena continuar a leitura.
Por isso, uma empresa que pretende vender uma imagem corporativa, produtos ou serviços, precisa definitivamente pensar na imagem que pretende passar, e não estamos falando somente de logo, simbologia, fachada, papelaria e folders. Na era em que a velocidade da comunicação acontece de forma imediatista e a internet se firma cada vez mais como um dos mais importantes veículos em eficácia na formação da imagem, a foto se torna ferramenta importantíssima e deve ser encarada com seriedade e profissionalismo. Uma foto amadora, sem técnica, sem luz adequada e sem perícia pode passar uma imagem contrária da que se gostaria.
A foto comercial hoje é utilizada em sites, blogs, portais de relacionamentos, publicidade, embalagens, outdoors, folders e também em matérias jornalísticas. Atualmente, as grandes empresas contam com o serviço de um profissional de assessoria de imprensa, responsável por alimentar a imprensa sobre acontecimentos das companhias que valem notícias, e ele também alimenta os veículos de comunicação com fotos, pois com a grande velocidade das notícias, muitas redações recorrem a estas imagens, por agilidade, praticidade ou mesmo falta de tempo hábil. Porém, os jornalistas não publicam qualquer coisa, são exigentes quanto a este material e às vezes optam por exclusividade de imagem.
Além da empresa, produtos e serviços, a imagem do executivo que dará entrevistas pertinentes ao negócio é também uma ferramenta vendedora de credibilidade. O fotógrafo com toda sua experiência poderá orientar o executivo quanto à melhor pose, o melhor ângulo, o fundo ideal e fazer uma imagem sem sombras, criando assim a figura que se deseja, com o perfil da organização a ser representada. Uma foto mal tirada ou uma pose estranha pode desqualificar qualquer mensagem a ser transmitida.
No caso de produtos, é necessário que as empresas tenham um banco de imagem amplo, que deve ser constantemente renovado, para que não passe a ideia de falta de renovação. Podem estar em still, fundo branco, e também produzido em ambientes apropriados ao segmento. Há determinados produtos, porém, que requerem uma produção maior, com modelos em studio ou em área externa. Cada seção de fotos deve ser muito bem pensada, pois a foto de embalagem é diferente da foto da campanha publicitária e, dependendo do objetivo, também pode ser diferente para sites, portais de relacionamentos e mesmo para a imprensa.
Desta forma, ainda que a ideia seja construída em reuniões, papéis e textos, após todo trabalho, a imagem será sempre a primeira ideia a ser vendia. Por isso, hoje, não há boa comunicação sem fotos de qualidade!
Pablo Sobral é fotógrafo de campanhas publicitárias, atua no Studio Roberto Lima. www.studiorobertolima.com.br