Panorama da Nirin mostra como o olhar sobre Zurique pode inspirar marcas e a relação com o branding da forma como conhecemos
As cidades se tornaram verdadeiros laboratórios vivos para entender o comportamento humano e o papel do design na criação de experiências. Um levantamento realizado pela Nirin, consultoria de branding especializada na criação e desenvolvimento de marcas, resultou no Panorama Zürich, que reúne referências e aprendizados coletados durante uma imersão na maior cidade da Suíça — um dos principais centros criativos da Europa.
“Nossa intenção foi enxergar a cidade como um organismo ativo, onde tudo comunica. Das tipografias nas fachadas ao desenho das ruas; das galerias de arte à identidade visual de marcas locais. Observar essas conexões ajuda a entender como a cultura se expressa no espaço urbano e como isso pode inspirar projetos de branding mais relevantes e autênticos”, afirma Daniel Skowronsky (foto em destaque), CEO e cofundador da Nirin.
O levantamento trouxe quatro dimensões centrais em que a experiência urbana de Zurique oferece aprendizados para marcas:
1. Inovação como motor urbano
Zurique funciona como um ecossistema dinâmico que integra startups, universidades e políticas públicas, criando um ambiente de constante experimentação. Para marcas, isso significa inspiração para desenvolver produtos, serviços e narrativas que dialoguem com inovação, tecnologia e sustentabilidade.
2. Arquitetura e urbanismo que inspiram experiências
A cidade combina preservação histórica e projetos contemporâneos, gerando espaços que estimulam a interação e a vivência cultural. O estudo ainda aponta como a observação desses espaços pode inspirar projetos de branding mais imersivos, que conectem a marca ao cotidiano das pessoas.
3. Design gráfico centrado na clareza
A estética minimalista de Zurique prioriza a legibilidade e a síntese da informação. Essa abordagem influencia desde a comunicação institucional até a identidade de marcas locais, mostrando como sistemas visuais consistentes podem reforçar percepção e reputação.
4. Tipografia como elemento estratégico de identidade
Berço de fontes icônicas, como a Helvetica, a cidade demonstrou a força da tipografia na construção de marcas globais, incluindo Google. A escolha de fontes, segundo a Nirin, vai além da estética: comunica valores, personalidade e propósito de forma sutil, porém poderosa.
“Quando entendemos o que faz de um espaço urbano algo único, conseguimos traduzir esses elementos em narrativas visuais mais consistentes. Mais do que seguir tendências, buscamos referências que ampliam nosso olhar sobre o papel do design e da comunicação na vida das pessoas”, conclui Skowronsky.