Cofundador da BPool, Beto Sirotsky explica porque o setor de compras das empresas deve apostar em outros formatos de parceiros para a execução deste tipo de estratégia, garantindo uma entrega com mais qualidade, eficiência e maior custo-benefício
De acordo com dados da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), o ano de 2022 teve uma retomada do mercado e crescimento de 400% comparado ao de dois anos atrás, colocando os como eventos responsáveis por 4,32% do PIB nacional. Por sua vez, a transformação digital impulsionou a retomada do live marketing nos últimos dois anos, trocando processos manuais ou semi automatizados pelo uso de tecnologia.
Essa mudança se tornou um dos fatores principais para melhorar a entrega de experiências aos consumidores por parte das marcas, que por sua vez se viram na necessidade de buscar perfis de fornecedores que entreguem mais qualidade, eficiência e custo-benefício para a execução deste tipo de ativação. Isso trouxe um enorme desafio para as áreas de procurement dentro das organizações, que têm hoje nas plataformas EGM (Enterprise Gateway Marketplace) uma aliada fundamental para a contratação mais adequada de parceiros em serviços de marketing e comunicação.
“Para empresas de eventos e live marketing, a dispersão geográfica de profissionais por causa da pandemia tornou mais difícil encontrar profissionais qualificados na hora certa. Em resposta a esse desafio, plataformas digitais como a EGM estão sendo adotadas para ajudar essas organizações a selecionar facilmente quais agências estão disponíveis para atender às suas necessidades em uma determinada localidade e período. Essa abordagem oferece um processo de seleção e contratação mais eficiente, ágil e simples, permitindo que o contratante saiba se agência estará apta para para realizar os serviço, nas datas necessárias”, destaca Beto Sirotsky, cofundador da BPool, plataforma EGM na contratação de agências independentes que oferecem serviços de marketing e comunicação.
A empresa que cresceu exponencialmente a sua presença nos últimos anos em 10 países na América Latina, já atendeu cerca de 70 clientes, entre eles grandes corporações como TikTok, Google, L’Oréal, Reckitt, Kellogg’s, Unilever e Nestlé.
Beto Sirotsky listou os principais motivos para a área de procurement das grandes corporações apostarem no EGM para a contratação de fornecedores para a execução de ações de Live Marketing.
Formação das equipes
Durante a pandemia, muitas pessoas escolheram adotar um estilo de vida diferente, deixando as grandes cidades e optando por trabalhar em home office em cidades menores. Para as empresas de eventos e marketing ao vivo, essa mão de obra especializada, agora dispersa por todo o país (e até mesmo pelo mundo), torna mais desafiador encontrar os profissionais adequados no momento certo.
Como a tecnologia tem ajudado a preencher essa lacuna? A utilização de meios digitais para contratação permite selecionar, a partir de um conjunto eletrônico de talentos, aqueles que podem atender às demandas em uma determinada localidade e momento específico. O processo de seleção e contratação se torna mais ágil, simples e eficaz quando é possível saber antecipadamente se um profissional adequado estará disponível nas datas necessárias.
Exigências na retomada do mercado
Durante a pandemia, as ações voltadas para o Live Marketing foram afetadas. Quando o isolamento social foi flexibilizado, o setor como um todo sentiu a necessidade de acelerar os processos para “tirar o atraso” provocado pelo período onde as pessoas, em maioria, ficavam em casa. Nisso, a tecnologia foi essencial para auxiliar as empresas.
A busca pela rapidez e dinamismo que caracterizam a comunicação contemporânea passou a ser, ainda mais, uma exigência latente. É nessa frente que a tecnologia permite um encontro de ambas as necessidades, de maneira fluida e segura. As ações de marketing ao vivo voltaram juntamente com a urgência de proporcionar experiências ainda mais surpreendentes aos consumidores, o setor está reconhecendo que a digitalização dos negócios pode ser benéfica em várias fases do processo.
Custo-benefício
A formação de equipes para a realização de determinados projetos pode, além de mais práticas, também tem o potencial de custar menos para os cofres das empresas, o que faz a diferença no momento em que muitas empresas dos mais variados setores estão congelando as vagas e entrando em layoffs.
O investimento para contar com uma equipe para missões pontuais é menor, considerando o todo, uma vez que o gasto acontece na hora de trazer o time para o projeto, mas não tem uma recorrência, como no caso dos colaboradores tradicionais, estejam eles no regime de PJ ou CLT.
Agilidade nas entregas
Não é suficiente ter um briefing bem elaborado. Com a demanda de realizar diversos eventos e iniciativas em diferentes locais, dentro de prazos apertados, é crucial executar as tarefas com excelência e redesenhar os processos operacionais para aumentar a velocidade de entrega. A utilização de sistemas digitais para auxiliar no planejamento dos projetos, na criação das peças e na entrega das soluções se torna um elemento essencial para impulsionar a produtividade e eficiência do setor.
Relação com as equipes
Uma consequência significativa do aumento da demanda é a necessidade de contar com profissionais altamente qualificados em todas as atividades. Isso requer que as empresas de eventos e marketing ao vivo prestem ainda mais atenção à dinâmica do relacionamento com os profissionais contratados.
Os sistemas de Gerenciamento de Relacionamento com Parceiros (PRM) se tornam cada vez mais importantes nesse processo, pois auxiliam as empresas a identificar os melhores trabalhos para cada profissional e estabelecem mecanismos para promover a fidelização aos negócios. O cuidado no relacionamento diário com os parceiros comerciais cria um espírito de equipe, auxilia na execução das atividades e aumenta a produtividade dos profissionais.
