Yuca entra no mercado de incorporação com foco em locação

Com o primeiro lançamento previsto para 2026, a empresa passa a coinvestir com incorporadoras e integrar todo o ciclo — do projeto à gestão — com governança e previsibilidade de retorno

Yuca, gestora especializada em imóveis residenciais para locação, anuncia novo passo estratégico com a entrada no mercado de incorporação imobiliária. Em coinvestimento com incorporadoras, a companhia vai desenvolver empreendimentos desenhados desde a origem até a operação para investidores. Com o primeiro lançamento previsto para 2026, o foco inicial da companhia é trabalhar com VGV (valor geral de vendas) em torno de R$100 milhões na cidade de São Paulo (SP), priorizando bairros de maior demanda da plataforma, como  Pinheiros, Higienópolis, Paraíso e Jardins.

“Atualmente, vemos muitas incorporadoras ofertando produtos para investidores, mas sem nenhuma inteligência na concepção do produto com plantas pouco eficientes e projetos de áreas comuns que oneram excessivamente o custo condominial. Para justificar o preço, com frequência, a promessa é de ganho  em aluguel de temporada com tarifas e taxas de ocupação inviáveis gerando frustração ao investidor na hora de operar.. A nossa tese é outra: é usar nosso know-how para desenhar o produto desde a origem para performar na locação e capturar valor nas duas pontas — na incorporação e na operação”, afirma Rafael Steinbruch (foto em destaque), Head de Real Estate e cofundador da Yuca.

Na prática, a Yuca vai entrar como sócia dos empreendimentos — em geral com uma participação de ao menos 50% do empreendimento — e acompanhar todo o ciclo do projeto, auxiliando nas vendas, gerindo a entrega, e administrando a locação, já que os projetos serão entregues mobiliados e já plugados na plataforma da empresa, gerando um ganho de ao menos 6 meses e zero dor de cabeça com obras para os compradores.

Os prédios terão apartamentos compactos (studios, 1 e 2 quartos), com plantas funcionais e custos pensados para investidores que vão alugar os imóveis. Por isso, a escolha dos endereços prioriza áreas onde a demanda já é alta e evita disputas por grandes terrenos. A companhia cuidará da divulgação, assinatura do contrato e manutenção para os investidores que comprarem as unidades,  com processos mais enxutos e menos gastos em estandes e publicidade tradicional.

“Com a incorporação, conseguimos desenhar o produto desde o terreno para gerar retorno recorrente, otimizando custo, liquidez e gestão, gerando maior valorização aos compradores. É um movimento natural para quem já opera a locação ponta a ponta e entende, com dados, o que funciona na prática”, comenta Steinbruch.

A longo prazo, em 2027, a companhia planeja colocar até dois novos projetos, levando o VGV acumulado entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões. Fora da capital, os planos são de lançamentos em Vitória (ES) e em cidades de Santa Catarina com participação menor – entre 7,5% e 10% —, contribuindo principalmente com inteligência de mercado, desenho do produto e estratégia comercial.

De forma geral, os projetos serão financiados por meio de investidores, via SCP (Sociedade em Conta de Participação), dentro de uma estrutura de project finance (modelo em que o próprio empreendimento serve como garantia e fonte de pagamento do financiamento).

Já a execução das obras seguirá linhas tradicionais de crédito à construção, como o SFH (Sistema Financeiro da Habitação). Embora os primeiros lançamentos ocorram em bairros mais valorizados, a Yuca traz o aprendizado obtido em iniciativas de locação voltadas à Habitação de Interesse Social (HIS) e Habitação de Mercado Popular (HMP) e estuda incluir uma fatia de HMP no portfólio. A longo prazo, a estratégia mira a classe média e média baixa como motor principal de crescimento da locação.

“Estamos estruturando esse novo momento com governança, capital disciplinado e foco em produto voltado à locação. Ao coinvestir com parceiros e integrar projeto, obra e gestão, buscamos oferecer previsibilidade ao investidor, qualidade ao morador e perenidade ao portfólio”, finaliza o cofundador da Yuca.

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