O Microempreendedor Individual alcançou, em 2017, a marca de mais de sete milhões de negócios formalizados. Isso representa um crescimento médio de 19% nos últimos cinco anos, segundo levantamento do Sebrae. Essa figura jurídica, criada em julho de 2009, é apontada como o maior movimento de formalização e inclusão da economia.
De acordo com pesquisa feita pelo Sebrae, entre fevereiro e março deste ano, o índice de recomendação do programa do microempreendedor individual foi de 72%. “O MEI tem um índice de recomendação superior ao de grandes empresas. Quem empreende sabe que a melhor opção é trabalhar formalizado”, enfatiza o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
O estudo ainda revela que 78% afirmam que a formalização contribuiu para que eles passassem a vender mais, 77% dos microempreendedores individuais têm a atividade como sua única fonte de renda e 74% indicam que a formalização propiciou melhores condições de compra. “A formalização é fácil, rápida, abre as portas para diversas oportunidades e estimula uma das principais vocações do brasileiro: a do empreendedorismo”, destaca Afif.
A pesquisa do Sebrae também apontou que, apesar de todas as dificuldades e da própria situação econômica, praticamente 1 em cada 2 microempreendedores individuais ainda se mostra otimista com as perspectivas de faturamento: 46% acreditam que irão faturar mais de R$ 60 mil nos próximos anos. “Metade dos MEI era de empregados com carteira assinada antes de se formalizarem. Esse pode ser um bom indicativo de que muitas pessoas que ficaram desempregadas viram o empreendedorismo como forma de obtenção de renda”, conclui Afif.
Quem são os MEI:
– 44% dos MEI empreendem em casa
– 1 em cada 2 deles (47%) possui ensino médio
– 49% são negros, 47% brancos, 3% amarelos e 1% índio
– A renda média familiar é de R$ 3.926
– 54% são homens
– A média de idade é de 43 anos