5 dicas de como acessar liquidez no mercado de capitais

Por Áureo Jarzinski, COO da AmFi*

O mercado de capitais vem crescendo de acordo com a economia e o desenvolvimento corporativo no Brasil. Mas, apesar de todas as oportunidades, o segmento pode ser complexo e competitivo, já que ele faz a ponte entre empresas que querem captar recursos e investidores que se interessam em aplicar seu dinheiro nessas empresas.

Por isso, o acesso a liquidez nesse mercado pode ser desafiador, especialmente para novos empreendedores, pra quem deixo algumas dicas.

1. Identifique os perfis desse setor
O mercado de capitais é composto por uma variedade de participantes, incluindo investidores institucionais e individuais, gestores, administradores, corretoras e outros intermediários.

É importante entender as funções e papéis de cada um desses participantes para ter uma visão mais clara de como sua empresa pode navegar efetivamente pelo mercado de capitais, acessar liquidez e formar parcerias estratégicas que impulsionem seu crescimento.

2. Tenha domínio sobre fundamentos financeiros
Antes de acessar o mercado de capitais, é importante preparar sua empresa. Isso inclui ter uma boa compreensão dos fundamentos financeiros, desenvolver uma estratégia de negócios sólida e criar uma boa documentação financeira (demonstrações e projeções, relatórios de auditoria, entre outros) e de propriedade intelectual (patentes, acordos de licença e de não divulgação, entre outros registros).

Além disso, adentrar esse setor requer muito estudo e investimento de tempo. Pesquise sobre os altos e baixos do mercado e esteja preparado para diversas situações, como mudanças na regulamentação, no comportamento dos investidores e no setor de atividade da empresa.

3. Mantenha a transparência e acessibilidade aos dados das operações
A transparência é fundamental para acessar o mercado de capitais. Isso inclui não apenas fornecer informações precisas e atualizadas sobre sua empresa e sua estratégia de negócios, além de ser aberto e transparente sobre quaisquer riscos ou desafios enfrentados, mas também garantir que essas informações estejam facilmente disponíveis aos possíveis investidores. Ter uma documentação atualizada e em ordem, como a política de crédito ou a política de cobrança adotadas em suas operações, também é fundamental.

4. Tenha uma grande rede de contatos
O mercado de capitais é altamente conectado e networking é essencial para acessar esse ambiente. Isso inclui se conectar com outros empreendedores, investidores, corretores e outros intermediários para obter informações e oportunidades valiosas.

Muitas vezes, são as conexões pessoais que levam a introduções a investidores ou a informações sobre novas oportunidades de investimento. Além disso, fazer networking pode ajudar empresas a construir e manter uma reputação sólida, o que pode aumentar a confiança dos investidores.

5. Atente à regulamentação
O mercado de capitais é altamente regulamentado, e é importante entender e cumprir as leis e normas aplicáveis. Isso inclui registrar sua empresa e seus instrumentos financeiros. Faça uma análise criteriosa de corretoras e empresas intermediárias e verifique se todas as operações estão de acordo com a regulação específica. Seguir a regulamentação ajuda não apenas a evitar sanções, mas também a atrair investidores.

A gente sabe que o âmbito jurídico pode ser difícil de ser destravado. Pensando nisso, nossa plataforma foi desenvolvida para oferecer uma estrutura jurídica pronta e plenamente em conformidade com a regulamentação atual. Além disso, complementamos essa estrutura com recursos tecnológicos e bancários robustos. Esse conjunto proporciona a originadores não apenas liberdade, mas também padronização e eficácia no acesso à liquidez, minimizando a necessidade de intermediários.

 

*Áureo Jarzinski é COO da AmFi, plataforma que conecta originadores a investidores globais por meio de lending pools (conjuntos de contratos inteligentes e estruturas jurídicas). Economista, pós-graduado em produtos financeiros e gestão de riscos pela FIA, com especialização pela Stanford University Graduate School of Business. Teve passagem por empresas como Oracle Brasil, BTG Pactual e outras fintechs. Na AmFi,é responsável por realizar a estruturação das operações de crédito, de toda a área operacional e da jornada de originadores e clientes da companhia.

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