7 empresários contam como fundaram suas startups do zero

Não dá para negar que o Brasil é hoje um dos polos mais promissores de inovação empresarial do mundo. Segundo a Associação Brasileira das Startups, o país conta hoje com 13.413 startups registradas, mas muito se engana quem imagina ser fácil apostar nesse modelo de negócio. Afinal, além de disponibilizar tempo e investimento, é preciso criar soluções tecnológicas e criativas que atendam a demanda do mercado, além de ficar próximo dos principais agentes do ecossistema de inovação.

Para se destacar e aprimorar suas soluções, os empreendedores podem contar com diversas iniciativas governamentais, como o InovAtiva Brasil, hub de aceleração, conexão e capacitação de startups. Contudo, eles precisam se dedicar e buscar evoluir.

Empresários que estão à frente de negócios inovadores explicam que para alcançar o sucesso é preciso ter persistência, ir além de um mercado tão competitivo, mostrar seu diferencial superando desconfianças e resolver a “dor” das pessoas de forma única.     

Danny Kabiljo (foto), CEO da FullFace, empresa brasileira de biometria facial, conta que em 2015 quando fundou a companhia junto de seu sócio José Guerrero, foi preciso muita resiliência, pois o reconhecimento facial era pouco conhecido no Brasil. “No começo, nós precisávamos explicar aos clientes como funcionava nosso processo e o quanto ele era seguro, pois a biometria ainda era uma novidade no mercado. Hoje ela se tornou um diferencial e conseguimos dar maior visibilidade e torná-la acessível para outras empresas”, revela Kabiljo.  

A ideia de trabalhar com a tecnologia surgiu com o desejo de transformar o varejo físico para o digital, mas hoje atua também com os setores de saúde, aviação, rodoviário, educação e financeiro. A solução proprietária da FullFace consiste mapeamento de mais de 1024 pontos do rosto da pessoa, gerando um número de 16 mil dígitos que identifica o usuário, como uma espécie de “ID Facial” e como não armazenamos imagens nos tornamos Compliance à LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados.

Fredy Evangelista, CEO da Vianuvem, conta que fundou a startup há sete anos – junto com o sócio Heitor Orletti, com a ideia principal de auxiliar as concessionárias de veículos a otimizarem os processos de faturamento de carro, uma vez que a burocracia para comprar veículos no Brasil é gigante. Fredy então viu a startup como uma oportunidade de deslanchar no mercado, montando uma plataforma que ajudasse as empresas a venderem um automóvel de forma rápida e prática. 

“Desenhamos ideias mirabolantes, porém, no decorrer do projeto, esbarramos com algumas dificuldades, e a principal foi a tecnologia. Montar um sistema único não é tão fácil como deduzimos. Gastamos quase dois anos para aprender como era o mundo da tecnologia”, explicou Evangelista. Para o CEO, quando o empreendedor investe em uma empresa de escala, ele aprende todo dia coisas novas, reconhece os pontos fortes e fracos, é como um processo terapêutico. Hoje, a Vianuvem possui mais de 200 grupos empresariais e mais de 50 mil usuários que utilizam diariamente a plataforma.

Geison CorreaCEO do GrandChef, via a necessidade e a demanda do foodservice de soluções tecnológicas para diminuição de custos e agilidade de algumas atividades e, a partir daí, juntou-se ao desenvolvedor Francimar Alves e ao colega Keller Gonçalves, para criar a foodtech especializada na gestão completa de restaurantes, bares e similares, responsável pelo desenvolvimento de softwares homônimos em versões desktop e em nuvem. 

Iniciando suas operações em 2016 com o objetivo de facilitar a vida do empreendedor de pequeno e médio porte do foodservice por meio da tecnologia, o software homônimo confere maior controle e profissionalismo a administração de vendas, controle de pedidos com comandas eletrônicas, gestão de caixa, de estoque, mesas, balcão (PDV) , além de contar um módulo de delivery online, entre outras funções a quase 4 mil estabelecimentos alimentícios pelo Brasil, a maioria de micro e pequenos negócios, por meio de parceria com Stone Pagamentos, iFood, e outras grandes empresas prestadores de serviços ao setor. 

Fábio Oliveira, CEO da Sales Farm, enxergou no início da pandemia, há quase um ano, o momento ideal para começar a operação de seu negócio, até então pioneiro no Brasil, a terceirização de vendas online. Por meio de um software, a plataforma tem como objetivo conectar empreendedores e vendedores, sendo a primeira plataforma de Sales as a Service do Brasil. 

Iniciando a operação em março de 2020, o executivo comenta sobre a ideia de lançar algo tão inovador no Brasil. “Empresas de terceirização de vendas já são modelos consolidados fora do país. Existem muitos negócios neste formato nos Estados Unidos, por exemplo. Por aqui, ainda é bastante novo e já estávamos atentos a essa tendência. Sabemos que a economia no país está bastante fragilizada, mas, encontramos no cenário da pandemia o momento perfeito para ser a alternativa para que os brasileiros que perderam seus empregos possam ganhar dinheiro”, explica Oliveira.

Joseph  Lee Kulmannm, CEO da Pessoalize,  conta que a Pessoalize nasceu a partir de uma grande dor do mercado: o call center tradicional.Com experiência de mais de 15 anos e com passagem pelos maiores players do segmento, o empreendedor encontrou um ponto comum em todas: o foco é a quantidade, não a qualidade. Daí então criou a Pessoalize: um call center diferente, com ambiente agradável, atendimento humanizado e foco no cliente. Por meio de inteligência (análise de dados) e tecnologia, a empresa tem como objetivo promover maior interação, personalização e conexão entre clientes e marcas, rompendo barreiras em relação aos modelos tradicionais de atendimento.

Mario Perino, CFO da Provi, conta que a startup surgiu a partir da vontade dos sócios de empreender junto com a vontade de fazer um crédito que realmente ajudasse as pessoas a mudarem de vida e que tivesse um propósito real. Foi então que eles começaram a estudar como poderiam criar um serviço financeiro com essa finalidade e, neste momento, se depararam com alguns dados e estudos que mostravam que as principais causas de evasão na educação estavam ligadas a dificuldade com pagamentos e a busca por autonomia financeira. De acordo com a fintech, em média, 20% das vendas de cursos e especializações são perdidas no checkout por falta de opções de pagamentos ou recusa do cartão de crédito e 52% das empresas no Brasil demonstram preocupação com a falta de profissionais qualificados. 

Ao estudar esses números, os fundadores decidiram criar a Provi, uma fintech de crédito educacional para cursos de qualificação com o objetivo de causar impacto social unindo educação de qualidade com crédito descomplicado para que mais brasileiros possam atingir os seus potenciais.   

Felipe Souto, CEO e fundador da Bloxs Investimentos, plataforma pioneira em investimentos alternativos no Brasil, conta que a ideia de conectar investidores que buscam rentabilidade e diversificação com empreendedores que buscam acesso ao mercado de capitais surgiu após a regulamentação da atividade pela CVM, aliada a expertise imobiliária do seu sócio, Rafael Rios.

Desde 2017, a Bloxs tem a missão de fornecer acesso fácil a investimentos alternativos de alta qualidade, antes restrito a investidores profissionais, de forma 100% online e regulada. Disponibilizando os melhores projetos para investimento, com os mais respeitados empreendedores, além de realizar um processo de aculturamento dos investidores mais qualificados para diversificar seu portfólio. Com essa premissa, a empresa tem conquistado boas oportunidades e resultados para o mercado.

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