A força do ensino superior privado para o desenvolvimento regional catarinense

*Por Cesar Lunkes, presidente da Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de Santa Catarina (AMPESC)

Nos últimos dois meses, o ensino superior catarinense conquistou, de forma inédita, atenção de todos os segmentos do Estado, em função dos projetos que alteraram as formas de financiamento, com a instituição do programa Universidade Gratuita e a remodelação da concessão de bolsas de estudos para graduação e pós-graduação.
Com os projetos aprovados pelos deputados estaduais, cuja contribuição foi inquestionável, inicia-se agora a implantação pelo Governo do Estado, quando todos teremos a clara noção das implicações de cada mudança efetuada e dos ajustes que serão necessários.
A despeito de eventuais críticas à condução do processo, é preciso reconhecer conquistas. Uma delas é o reconhecimento, da sociedade catarinense, da pujança das instituições de ensino superior (IES) privadas particulares. No início do nosso trabalho de articulação em defesa da isonomia de tratamento para os alunos carentes, independentes do sistema de ensino em que estão vinculados, nos deparamos com um desconhecimento dessa robustez e importância, cenário que se mostra hoje totalmente diferente, passados pouco mais de 60 dias.
As 84 IES privadas particulares atendem 68% dos estudantes do ensino superior de SC – ante os 15% da rede pública e os 17% do sistema fundacional -, com um total de 293,5 mil matrículas em 670 cursos em diferentes áreas de conhecimento. Esse contingente de pessoas é a base de um círculo virtuoso de alto impacto na geração de trabalho e renda e no desenvolvimento da prosperidade regional.
Os números não mentem: são 110 municípios atendidos, a maior capilaridade entre todos os sistemas, geração de 31 mil empregos diretos e indiretos e a aplicação de cerca de R$ 56 milhões anuais nas cidades e/ou regiões – em recolhimento de ISS, contrapartida ao SUS e investimento em bens públicos e/ou infraestrutura.
Nesse valor está inserido ainda o maior capital das IES privadas particulares: o capital humano. São mais de 400 mil atendimentos essenciais anuais gratuitos nas comunidades onde estão inseridas, nas áreas jurídica, de saúde e educação, entre outras, sem considerar ainda os programas de responsabilidade social, extensão ou atendimento e capacitação da comunidade local. São os estudantes, professores e técnicos das IES dedicados diretamente à melhora da qualidade de vida do catarinense.
E isso somente é possível em razão do alto padrão de ensino oferecido pelas IES privadas particulares e comprovado pelo MEC: das 10 melhores faculdades e universidades catarinenses, cinco são privadas particulares, quatro públicas e somente uma do sistema comunitário.
Todo esse contexto nos enche de orgulho e mostra que estamos no caminho certo quando fazemos a defesa de um modelo de ensino superior que seja realmente democrático, que privilegie quem mais precisa de acesso e permanência ao ensino superior e que dê a segurança jurídica necessária para que setor produtivo educacional continue transformando a vida dos catarinenses.

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