Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino e elas contam suas motivações

 

Comemorado em 19 de novembro, o dia foi criado pela ONU para valorizar o protagonismo das mulheres e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária

No dia 19 de novembro é celebrado o  Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, data criada pela ONU em 2014, após uma campanha contra a desigualdade de gênero que visava valorizar o protagonismo das mulheres e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Apesar de serem maioria na população brasileira, segundo o IBGE, no mundo dos negócios as mulheres são minoria. Em uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o Brasil conta com 9,3 milhões de empresárias, o que equivale a 34% do número total de empreendedores, deixando evidente a discrepância presente no ecossistema empreendedor brasileiro.

Com o objetivo de inspirar novas empreendedoras, nós perguntamos para 5 mulheres CEOs e fundadoras de empresas de diferentes segmentos o que as motivou a seguir o caminho do empreendedorismo. Confira:

 

Letícia Romão, CEO e fundadora da Ava Intimates

Graduada em Design de Moda e Comunicação Social, a estilista Letícia Romão teve passagens na WGSN e Mondelez. Entusiasta do empreendedorismo e sempre atenta ao mercado de moda, Letícia Romão, criou a Ava Intimates após sentir falta de informação de moda em busca de peças para si mesma. Foi então que teve a ideia de criar a marca de moda íntima que cresceu 60% no último ano.

“A lingerie é a primeira peça que fica em contato com o nosso corpo. Queria comprar lingeries diferentes, percebia que quando as pessoas queriam fugir dos modelos massificados, elas buscavam peças fora do Brasil. Entendi que  o problema era a falta de informação de moda nas marcas brasileiras, por isso quis criar uma marca que realmente se diferenciasse das demais e desse a lingerie um lugar de destaque, sem os extremos de sexy demais ou muito simples. Isso envolveu um longo processo de pesquisa, com muitos testes de produtos e materiais para trazer para o mercado uma marca moderna e autoral. Aqui a nossa ideia é incentivar o autocuidado, tratando a lingerie como item de moda. Assim como nós escolhemos roupas e acessórios que transmitem nossa personalidade, acreditamos que na moda íntima não deveria ser diferente. ”, ressalta Letícia.

 

Isabela Chusid, CEO e fundadora da Linus

Fundadora da marca de lifestyle sustentável que desenvolveu a primeira sandália de plástico vegana nacional, Isabela Chusid figura na lista dos principais talentos brasileiros abaixo dos 30 anos. Durante a pandemia, de 2020 a 2021, quando as pessoas começaram a pesquisar calçados confortáveis para usar em casa, o site da Linus cresceu 700%. A marca alcançou espaços na New York Fashion Week e expandiu para a Europa por meio de um e-commerce europeu, o que rendeu a Isabela o convite para falar no Fórum de Jovens das Américas.

“Nunca havia pensado em empreender, achava que o empreendedorismo não era pra mim. Até ter a dor de encontrar produtos na indústria da moda que fossem sustentáveis, confortáveis e atemporais. Quando você entende que a sua dor também pode ser a de outras pessoas, é aí que você tem uma ideia de negócio. A Linus nasceu com esse objetivo de facilitar a escolha entre esses três pilares. A sandália é a primeira forma que encontramos de inserir a sustentabilidade no dia a dia das pessoas”, conta Isabela.

Stefania Bonetti CEO e fundadora da Onda Eco

Criadora da marca de produtos de limpeza ecológicos e acessíveis com alto desempenho, Stefania Bonetti uniu sua paixão pelo mar à experiência que teve em indústrias para desenvolver produtos de limpeza ecológicos, com preços acessíveis e competitivos ao mercado convencional de limpeza. Os produtos da marca são feitos à base de plantas, biodegradáveis, livres de fragrâncias sintéticas alergênicas e, por isso, seguros para contato com a pele humana, pet friendly e veganos. Com o diferencial de serem embalados em plásticos retirados do oceano e litoral.

“Por ter sido criada muito próxima da natureza e do mar, criei uma conexão muito forte com o meio ambiente, o que me despertou a vontade de trabalhar com o algo que atrelasse o meu propósito de vida com o bem-estar do planeta. Quis empreender por buscar soluções para o dia a dia que contribuam com o bem-estar do planeta, por isso criei a Onda Eco, marca de produtos de limpeza ecológicos de alto desempenho, mas com custo até 40% mais acessível, comparado a outras marcas de limpeza ecológica”, conta Stefania.

Ana Claudia Camargo CEO e fundadora da ITH

A ITH é uma edtech de educação continuada na área da saúde, com cursos voltados para a área técnica e de gestão. A goiana Ana Claudia Camargo, filha de pai mecânico e mãe dona de casa e comerciante, sempre foi apaixonada por educação e iniciou o mestrado com o objetivo de se tornar professora. Até que perdeu a mãe, vítima de diagnósticos incorretos e tratamentos inadequados e em seguida, durante o doutorado, o pai, vítima do Césio 137, com 8 tumores. O que despertou nela o propósito de empreender na capacitação de profissionais da área.

“Eu perdi minha mãe vítima de diagnósticos incorretos e tratamentos inadequados, o que me despertou a vontade e o propósito de formar profissionais de saúde que pudessem diagnosticar e tratar corretamente os pacientes, para que não tivessem o mesmo fim de meus pais. Tive um estímulo do meu professor, que também era o meu orientador, que me deu ideia de usar meu aprendizado de anos atuando na  área da saúde para criar cursos de muita qualidade para os meus alunos, foi então que eu embarquei nessa jornada”, conta Ana Cláudia, que tem mais de 20 anos de experiência na área da saúde e educação.

Aline Djanikian, CEO e cofounder da MACCHI

Fundadora da Macchi, joalheria moderna, colorida e diversa que carrega a missão de transmitir o amor por meio de alianças em prata e ouro, a publicitária Aline projetou uma marca com jóias e comunicação agênero, que investisse em proximidade com os consumidores online. Lançada em janeiro de 2021, a Macchi cresceu 740% de setembro de 2021 a setembro de 2022 e já alcança mais de 450 mil seguidores no TikTok, com vídeos que chegam a 6,6M de visualizações.

“Trabalhei como CLT por mais de 10 anos e a minha última experiência foi em uma fintech em alto crescimento, o que despertou em mim a vontade de empreender. Só não sabia quando e nem o que eu faria, até que uni a vontade de ter meu próprio negócio com o estímulo do meu padrasto, que é joalheiro. As alianças eram o produto mais vendido na loja dele, somei isso a análise que fiz do mercado e percebi que não haviam lojas que vendessem alianças de forma atual e criativa. Assim nasceu a Macchi, uma joalheria moderna, colorida e diversa que carrega a missão de transmitir todas as formas de amor, conta Aline.

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