Marcia Vieira Reynier, Maria Cristina da Silva Maurat e Leila Aparecida da Silva Kraus trabalharam no Departamento de Zoologia do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, começando como bolsistas em 1993 e depois biólogas associadas no laboratório de Ecotoxicologia da UFRJ. Com a mudança na legislação ambiental, que passou a exigir ensaios ecotoxicológicos para liberar a utilização de produtos químicos, houve um aumento na demanda destas análises, tornando necessária a ampliação do laboratório, assim como o desenvolvimento de novos métodos. Foi aí então que, após o convite da Petrobras para analisarem o impacto das perfurações feitas no fundo do mar sobre peixes e algas, as biólogas se desvincularam da universidade e criaram seu próprio laboratório.
O Labtox iniciou suas atividades em 2002, como uma empresa incubada no Polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro (Bio-Rio). Na empresa, as pesquisadoras desenvolvem estudos de avaliação ambiental e hoje atuam principalmente nas áreas de ecotoxicologia e poluição aquática, avaliando a toxicidade de produtos químicos descartados no ambiente aquático.
Os ensaios ecotoxicológicos realizados pelo Labtox são ferramentas utilizadas para avaliar os efeitos adversos de substâncias tóxicas sobre os organismos aquáticos. Para a indústria do petróleo, estes ensaios auxiliam a monitorar a toxicidade e os efeitos que os produtos químicos e fluidos de perfuração dos poços podem causar à fauna marítima, procurando prever ou minimizar qualquer dano que esta atividade possa causar ao meio ambiente.
A expansão do setor, depois das descobertas na camada pré-sal, tem demandado maior empenho das empresas para minimizar os impactos ao meio ambiente. O mercado passou a exigir que, cada vez mais, as petrolíferas invistam em equipamentos sofisticados para evitar novos acidentes, e há também preocupação das empresas quanto aos sistemas de segurança, planos emergenciais, treinamentos e a preocupação com o ambiente.
O Labtox é um dos poucos laboratórios que realizam testes ecotoxicológicos no Brasil para estudar os impactos da exploração e produção de petróleo em organismos marinhos. Estes estudos são exigidos pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para avaliar os produtos utilizados durante a perfuração de poços, efluentes e descargas potenciais de plataformas de petróleo. www.labtox.com.br