Brasil ainda precisa evoluir nos serviços receptivos ao turista

O Brasil, como foco dos grandes eventos esportivos mundiais, atraiu inúmeras oportunidades para diferentes setores da economia evoluírem. Sobretudo, as micro e pequenas empresas do segmento de turismo precisaram se agilizar para adaptar-se às demandas do mercado com a chegada de turistas brasileiros e estrangeiros para a Copa do Mundo. Agora, as atenções desses microempreendedores estão voltadas às Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. E para apoiar as microempresas, o Sebrae Nacional desenvolve ações com o propósito de estimular os negócios do turismo no País, através de cursos, palestras e consultorias.

Alguns cases de pequenas empresas do setor turístico que apresentam inovação em serviços e produtos, qualidade no atendimento, êxitos em marketing e organização começaram a surgir pelo Brasil. E alguns deles foram transformados em uma série de vídeos intitulada “Curta Sebrae” no canal do Sebrae no Youtube.  Agora, o desafio para as microempresas é continuar inovando para oferecer atendimento com mão de obra qualificada, aliado à necessidade de fornecer serviços sustentáveis, que promovam experiências exclusivas e atrativas aos visitantes que chegarão para as Olimpíadas de 2016. “O Brasil ficou na vitrine do mundo e a nossa hospitalidade foi destacada nas redes internacionais, portanto, a qualidade de nosso turismo receptivo é ponto forte para o próximo megaevento que vamos sediar”.

Essa é a visão da diretora técnica do Sebrae Nacional, Heloisa Menezes, que acredita que com a melhoria constante desses serviços receptivos, passando pela gastronomia, hospedagem, qualidade dos transportes turísticos, organização de eventos e capacitação em línguas, o setor turístico estará cada vez mais preparado para atender a esse tipo de demanda, em quantidade e qualidade e em padrão internacional.

Heloisa acrescenta que o trabalho da instituição tem se voltado ao aumento da competitividade dos pequenos negócios, com ações focadas na melhoria da gestão, acesso a mercados, à inovação e sustentabilidade. Heloisa conta ainda que, além disso, por meio de parceiros, como o Ministério do Turismo e entidades representativas da indústria do turismo, o Sebrae desenvolveu estudos e pesquisas sobre os segmentos turísticos que subsidiam as tomadas de decisões e dão suporte à implantação de processos de certificação e normalização.

Recentemente, o Sebrae investiu em uma solução com foco na gestão sustentável para meios de hospedagem, trabalhando, por meio do mapeamento de processos, as necessidades de capacitação em eficiência energética, uso da água, gestão dos resíduos e produção mais limpa.

Com atuação em ações pontuais e locais, o Sebrae e o Comitê Organizador Rio 2016 firmaram parceria em julho de 2013 para identificar, mobilizar e capacitar donos de MPEs para se tornarem possíveis fornecedores de produtos e serviços durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. “O propósito dessas ações é oferecer a oportunidade de se qualificarem para se tornarem aptos a fornecer produtos e serviços que farão parte do planejamento e organização do megaevento”, destaca Heloisa. Ela afirma que, por causa desse trabalho, vários segmentos estão sendo demandados antes das Olimpíadas.

As empresas que desejam ser incluídas na lista de fornecedores devem participar de um processo de diagnóstico, de palestras, cursos e consultorias especializadas. Depois disso, a empresa estará apta a entrar no cadastro de potenciais fornecedores, contribuindo direta ou indiretamente para a cadeia de suprimentos dos jogos. Para isso, o Sebrae busca empresas em todo o País, respeitando o cronograma de compras para as Olimpíadas.

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