Brasil ainda tem só 3% dos sites acessíveis — novo padrão global pode acelerar inclusão digital

Norma internacional de acessibilidade digital estabelece diretrizes para que conteúdos online sejam compreensíveis e utilizáveis por todas as pessoas

No Brasil, menos de 3% dos sites são plenamente acessíveis, de acordo com o Panorama de Acessibilidade Digital, conduzido pela Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital em parceria com o instituto Opinion Box. Porém, uma novidade pode apoiar a transformação deste cenário: o W3C (World Wide Web Consortium) — organização internacional responsável por definir os padrões técnicos que mantêm a internet aberta, acessível e compatível — anunciou que o documento WCAG 2.2 (Web Content Accessibility Guidelines) foi aprovado como norma ISO internacional, sob o número ISO/IEC 40500:2025.

Isso significa que as diretrizes globais de acessibilidade digital agora têm status oficial de norma técnica mundial, fortalecendo aplicação e incentivando governos, empresas e instituições a adotarem práticas mais rigorosas de inclusão digital.

“Esse reconhecimento global transforma a acessibilidade digital de uma boa prática em uma obrigação formal. O mercado e o poder público precisam compreender que a inclusão é um direito — e também uma oportunidade de inovação, reputação e crescimento”, afirma Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk.

Essa conquista é especialmente relevante para o Brasil, que publicou neste ano uma norma da ABNT baseada nesse mesmo padrão, incluindo a tradução autorizada do documento. Com isso, o país dá um passo importante rumo à harmonização com os padrões globais e à construção de uma internet mais acessível para todos.

A norma define critérios técnicos e de design para garantir que sites, aplicativos e plataformas sejam navegáveis, compreensíveis e utilizáveis por pessoas com diferentes tipos de deficiência — visuais, auditivas, cognitivas, motoras e de fala. Além de promover a inclusão, fornece segurança jurídica, padronização internacional e estímulo à inovação acessível, criando um caminho mais claro para empresas que desejam se alinhar às melhores práticas globais.

Com mais de 12 anos de atuação, a Hand Talk tem sido uma das principais impulsionadoras dessa transformação no Brasil. Suas soluções, como o Hand Talk Plugin, que traduz conteúdos para Libras e oferece diversos recursos assistivos, e o Hand Talk App, voltado ao aprendizado e tradução em diferentes línguas de sinais, já impactaram milhões de pessoas e empresas. “Estamos preparados para ajudar o Brasil a se alinhar aos padrões internacionais de acessibilidade digital. A tecnologia deve ser uma ponte, não uma barreira”, reforça Tenório.

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