‘Atualmente, o País é uma alocação clássica para investimentos. Todas as classes de ativos incluem o Brasil’, diz Marcelo Giufrida, presidente da Anbima
O Brasil deixou de ser um país estranho e exótico como era há dez anos para se tornar referência para os investidores globais, na opinião de "Atualmente, o País é uma alocação clássica para investimentos. Todas as classes de ativos incluem o Brasil", da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Segundo ele, antes o mercado brasileiro era visto como uma região oportunista, mas hoje já é uma opção "quase convencional" e está no radar dos maiores aplicadores de recursos do mundo.
"Atualmente, o País é uma alocação clássica para investimentos. Todas as classes de ativos incluem o Brasil", avaliou ele, durante encontro da Anbima com a imprensa nesta quinta-feira.
Para o presidente da Anbima, o ano de 2012 começou com uma janela de oportunidades levando em conta os bons dados econômicos dos Estados Unidos. Além disso, os mercados se animaram com a situação na Europa, abrindo espaço para a volta de emissões de bônus de empresas de países emergentes. Vale, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil lançaram papéis lá fora no início deste ano, todos com forte demanda. Essas quatro empresas captaram juntas US$ 3,2 bilhões.
Sobre a redução dos juros básicos, Giufrida acredita que somente quando a taxa Selic ficar em um dígito é que estimulará uma mudança de perfil dos investidores. Isso porque 90% dos recursos estrangeiros alocados no Brasil, segundo ele, são direcionados para a renda variável. "Apenas alguns investidores apostam no Brasil por causa dos juros altos", observou ele.