Brasil deixará de ser sexta economia mundial, diz FMI

 O Brasil crescerá abaixo da média global, regional e dos países emergentes neste ano e há pouco a fazer a respeito, prevê o Fundo Monetário Internacional em seu Panorama da Economia Global. O relatório estima em 3% o avanço do PIB do país em 2012 e em 4,1% em 2013.

Enquanto isso, os emergentes e países em desenvolvimento devem se expandir 5,7% neste ano, e os vizinhos latino-americanos, 3,7%.

Para completar, o banco de dados que o fundo mantém on-line relacionado ao relatório indica que o país, se mantida uma projeção de dólar em alta, deve perder de volta para o Reino Unido o recém-conquistado posto de sexta economia mundial.

A projeção para o PIB nominal em dólares do Brasil é de US$ 2,449 trilhões para este ano, contra US$ 2,452 trilhões para os britânicos.

Isso não significa, porém, que o FMI avalie mal a performance brasileira — que deve recobrar o alinhamento à média global em 2013.

Na perspectiva do fundo, o país deve apenas esperar o mundo voltar a crescer.

"O resfriamento da economia global foi benéfico para a economia brasileira", afirmou ontem Thomas Helbling, da Divisão de Pesquisa do FMI, citando um risco superado de superaquecimento.

"À frente, [pesarão] o afrouxamento da política [de juros] sobre a demanda agregada, e por outro lado, a melhora da economia global", continuou, aludindo aos cortes na taxa básica de juros pelo Banco Central para estimular consumo e produção.

"Há uma percepção de que não são necessárias políticas adicionais." Ainda assim, ele lembrou que reformas estruturais no país continuam sendo bem-vindas, embora sem dar detalhes.

Em um relatório à parte, porém, o FMI afirmou também que espera que o país cumpra sua meta de superávit primário, de 3,1% do PIB para 2012, e continue pondo as contas em ordem.

Já a desaceleração chinesa — que pode afetar o apetite de Pequim por matéria-prima brasileira — está tendo efeito apenas moderado.

O fundo melhorou a projeção dos preços dos produtos básicos de uma redução de 14% para uma de 10,3%. Já a previsão para o petróleo foi revista de 4,9% de queda para 10,3% de alta.

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