O Brasil apresentou em outubro o pior clima econômico em 15 meses. É o que mostrou nesta quinta-feira, 18, o Índice de Clima Econômico (ICE) do continente latino-americano, elaborado a partir de respostas apuradas pela Sondagem Econômica da América Latina, levantamento trimestral feito em parceria pelo Institute for Economic Research at the University of Munich, ou Instituto IFO, e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com o levantamento, o ICE do Brasil caiu de 7,3 pontos para 6,8 pontos de julho para outubro deste ano. O indicador é calculado dentro de uma escala que vai até nove pontos, e o resultado brasileiro de outubro só não foi pior do que o de julho do ano passado, quando registrou o ICE do País foi de 5,5 pontos.
Ainda segundo as instituições, no ranking de clima econômico dos países da América Latina, elaborado a partir das taxas médias dos ICEs dos últimos quatro trimestres até outubro nos 11 países pesquisados pela sondagem, o Brasil caiu do segundo para o terceiro lugar do ranking, de julho para outubro deste ano. Com o resultado do mês passado, o ICE médio do País nos últimos quatro trimestres recuou de 7,4 pontos para 7,3 pontos de julho para outubro.
Na avaliação dos 145 analistas de mercado e especialistas consultados em 17 países pelo levantamento, o Brasil apresentou em outubro piora tanto na avaliação do momento atual quanto nas expectativas para a economia no futuro. Nos resultados dos dois sub-indicadores que formam o ICE do Brasil, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu de 8,4 pontos para 7,9 pontos de julho para outubro. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou de 6,1 pontos para 5,7 pontos, no mesmo período.
Entre os 11 países pesquisados pelo levantamento, o Peru contou com o melhor resultado de clima econômico no ranking, com ICE médio de 7,5 pontos nos últimos quatro trimestres até outubro. Já o pior clima econômico no continente continua com a Venezuela, cujo ICE médio foi de apenas 2,3 pontos, nos últimos quatro trimestres.