Como será o mercado de fintechs no Brasil. Confira a opinião de dois empreendedores

O número de startups no Brasil segue em um ritmo crescente, com as fintechs ganhando cada vez mais espaço de mercado, já que teve em 2019 o seu ano recorde de investimentos. Segundo levantamento da consultoria em inovação Distrito, as empresas do País receberam US﹩ 2,7 bilhões em aportes no ano passado. É um crescimento de 80% na comparação com 2018, quando o total foi de US﹩ 1,5 bilhão.

Reunimos os depoimentos de dois líderes ligados diretamente a esse mercado, Heitor Barcellos, VP de serviços financeiros da Contabilizei, e Carlos Netto, CEO da Matera, sobre as expectativas do mercado de fintechs até o fim deste ano. Tem interesse em fazer uma pauta sobre o assunto?

Contabilizei

“Em 2020 devemos observar o crescimento do que chamamos das ‘Fintechs Embarcadas’. Neste modelo, conta, crédito ou pagamentos são apenas parte de um ecossistema maior. Um bom exemplo deste cenário é a americana Toast que, partindo de um software de frente de caixa para restaurantes, evoluiu para um marketplace completo, englobando serviços de adquirência e empréstimos com base no histórico de faturamento e recebíveis de cada um de seus clientes. Ainda em 2020, devemos observar o crescimento de algumas fintechs através de parcerias que unem Captação Física com Relacionamento Digital. A competição feroz por espaço em redes sociais e mecanismos de busca ao mesmo tempo que cria uma grande barreira para novos competidores traz espaço para a inovação”

Heitor Barcellos, VP de serviços financeiros da Contabilizei.

Matera

“2019 foi um ano importante, pois as empresas não financeiras passaram a ser autorizadas a oferecer contas transacionais para o mercado, aumentando a concorrência. Em 2020 teremos a conexão “instantânea, interoperável e aberta” de todas as contas transacionais de bancos e não bancos. Hoje uma Fintech, para ser bem sucedida, precisa ter pagadores e recebedores em volume, num ambiente fechado. Com o pagamento instantâneo, todos terão espaço no mercado, mesmo quem só tem força no pagamento ou só no recebimento. Empresas de PDV, por exemplo, tem uma oportunidade única de dominarem a aceitação de pagamentos no varejo. Chamo isso de “Internet das Contas”. Se a Internet habilitou a existência da Amazon, do Facebook e da Google, a rede de pagamentos instantâneos também vai habilitar o trabalho de muita gente inovadora, novas empresas e novos mercados”

Carlos Netto, CEO da Matera.

 

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