Por Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital*
Segundo a pesquisa realizada pela Cybersecurity Ventures, até 2025, os prejuízos com o cibercrime em todo o planeta devem atingir US$10,5 trilhões por ano. Esse levantamento demonstra a importância cada vez maior de as empresas buscarem mecanismos para se protegerem e também os seus clientes desses ataques.
Diante desse cenário, a busca por soluções de segurança vem aumentando, porém com a tecnologia evoluindo cada vez mais rápido é comum ao buscar esses mecanismos de proteção surgirem algumas dúvidas sobre as diferentes ferramentas e a funcionalidade de cada uma, como acontece com o comando de voz e a biometria de voz.
Ambas desempenham papéis cruciais em diversos setores, oferecendo conveniência, segurança e uma experiência aprimorada para os usuários. No entanto, é fundamental compreender o que diferencia essas duas tecnologias.
O comando de voz refere-se à capacidade de controlar dispositivos eletrônicos usando a voz humana como entrada. Essa tecnologia permite que os usuários executem uma variedade de tarefas, desde realizar chamadas telefônicas até controlar dispositivos domésticos inteligentes. Como os assistentes de voz, Siri, Google Assistant e Alexa, são exemplos proeminentes que utilizam esse sistema. Além disso, também temos as centrais de atendimento cuja URA (atendimento eletrônico) é por comando de voz, o cliente consegue realizar serviços sem falar com atendente.
A base do comando de voz está na interpretação e compreensão da fala. Por meio de algoritmos avançados de processamento de linguagem natural (PLN), os dispositivos conseguem entender as ordens verbais dos usuários e respondê-los de maneira adequada. Essa tecnologia tem se tornado cada vez mais comum em smartphones, smart speakers, carros conectados e outros dispositivos eletrônicos.
Enquanto a biometria de voz, por outro lado, concentra-se na autenticação da identidade do usuário com base em características únicas de sua voz. Cada pessoa possui padrões vocais distintos, incluindo frequência, entonação e até mesmo a maneira como pronunciam determinadas palavras, criando uma impressão vocal única para cada indivíduo.
Ao contrário de senhas e códigos PIN, as características biométricas são difíceis de replicar, o que confere à essa tecnologia um alto nível de segurança. Esses sistemas de biometria geralmente capturam e analisam padrões vocais durante a gravação de uma frase específica ou uma frase livre, utilizando algoritmos avançados para criar uma representação digital exclusiva. Isso permite que o sistema compare a voz do usuário sempre que for necessário autenticar a identidade.
Ambas as tecnologias desempenham papéis complementares no panorama tecnológico atual, oferecendo soluções inovadoras e mais intuitivas para os usuários. Enquanto o comando de voz se destaca na facilitação da interação homem-máquina, a biometria de voz eleva a segurança, proporcionando autenticação baseada em características únicas da voz ou da fala.
A implementação da biometria de voz na jornada do cliente representa um avanço significativo em termos de segurança. Ao incorporar características vocais únicas como método de autenticação, as organizações podem fortalecer a proteção das informações sensíveis do cliente.
Além disso, essa tecnologia simplifica a experiência do cliente, eliminando a necessidade de senhas complexas ou processos de autenticação demorados e pode ser combinada com outras camadas de segurança, criando um ecossistema potente de prevenção a fraudes.
Ao tornar a autenticação mais segura e conveniente, a biometria de voz não apenas protege os dados do cliente, mas também contribui para uma jornada do cliente mais fluida e confiável.
*Formado em publicidade e propaganda na UniBH e pós-graduado em gerenciamento de projetos na PUC de Minas Gerais, Marcelo Peixoto tem mais de 15 anos de experiência no mercado de tecnologia e já passou por empresas como IBM, Techbiz, BS2, Banco BMG e BMG Money. Atualmente é CEO na Minds Digital, Voice IDTech pioneira em biometria de voz no mercado brasileiro, que já preveniu mais de R$ 60 milhões em fraudes.