Duas feiras internacionais simultâneas vão movimentar o mercado de bebidas adultas em setembro e estimular a exportação

De 17 a 19 de setembro, a capital paulista sediará a terceira edição de duas importantes feiras internacionais para estimular os negócios no mercado de bebidas adultas: Cachaça Trade Fair e Wine Trade Fair. São as únicas realizadas exclusivamente para B2B, com expositores e visitantes que atuam diretamente em áreas ligadas à cadeia produtiva dos segmentos.

“Nosso objetivo é promover um encontro exclusivo entre empresas e profissionais para fomento dos negócios, alavancando as vendas, gerando mais emprego e ampliando as possibilidades de negociações de ponta a ponta”, comenta Zoraida Lobato, organizadora do evento.

Em 2018 as feiras registraram quase 2 mil compradores qualificados e mais de 3 mil visitantes, segundo Zoraida. E a edição de 2019 chega consolidando-se como uma vitrine internacional para ver e ser vista. “Já confirmamos a participação de 68 produtores de cachaça de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará, por exemplo, e vinícolas de diferentes países, como Alemanha, Espanha, Argentina e Chile, com rótulos orgânicos, produções centenárias e premiações reconhecidas mundialmente”, acrescenta Zoraida.

Além da oportunidade para network e negociações, o evento terá um Congresso Internacional da Cachaça e do Vinho –Cicavi- com mestres e doutores confirmados para palestras que tratarão desde os aspectos técnicos até questões políticas e comerciais, a fim de contemplar da agricultura à comercialização da cachaça.

Zoraida ainda ressalta que as expectativas do setor de vinhos para 2019 são de crescimento. “A alta estimada está entre 10% e 15%, comparando com igual período do ano anterior”, complementa. E no segmento de cachaça não é diferente, com tantas aberturas conquistadas recentemente para exportação e importação, os setores se mostram bastante aquecidos e otimistas.

O que o visitante terá nas feiras?

Entre os expositores de vinhos, está a importadora Weinkeller, que é especializada em vinhos biodinâmicos. A viticultura biodinâmica trabalha a cultura orgânica somada ao cosmo e a astrologia. O cultivo da videira leva em conta as fases da lua, as estações do ano e os ritmos da natureza para determinar os momentos mais adequados para o plantio, poda e colheita. Os produtores biodinâmicos utilizam uma espécie de homeopatia nos vinhedos, o que equilibra as plantações e gera uvas de melhor qualidade. Nesse tipo de cultivo a proposta é o retorno às técnicas ancestrais da agricultura.

Com a empresa, estão confirmadas as vinícolas: Schloss Wachenheim, que fica na região de Pfalz e é conhecida como o “palácio dos espumantes alemães”, onde seus enólogos cultivam há mais de 125 anos a arte de produzir espumantes de alta qualidade. Imperadores alemães e austríacos como a família Habsburg eram clientes dessa vinícola.

Outra vinícola da mesma região é a Weingut Heinz Pfaffmann, que produz vinhos desde 1616 –atualmente estão na 17ª geração de vinicultores da mesma família, preservando a tradição e know-how de 400 anos de enologia-. Sua matriarca de 96 anos (Emma Pfaffmann) colhe até hoje uvas usadas para vinhos especiais.

A alemã Weingut Thomas Rüb, localizada na região de Rheinhessen, também estará entre os expositores. Essa vinícola possui 18 hectares de plantação e está na quinta geração da mesma família. O produtor é considerado uma raridade na Alemanha, por ter se especializado em uvas tintas, desde a tradicional Dornfelder até a famosa Merlot, impressionando com a qualidade.

Vale ressaltar que todas as vinícolas são premiadas na Alemanha pela DLG -Deutsche Landwirtschafts-Gesellschaft – German Agricultural Society- e os rótulos terão preços especiais durante a Wine Trade Fair 2019.

Já no segmento de cachaça, o visitante encontrará destilarias de diversas regiões do País. Entre elas, estão produtores de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e São Paulo, por exemplo.

Cachaça da Quinta é um dos produtores confirmados. Produzida no Município do Carmo, região serrana do estado do Rio de Janeiro, a Fazenda da Quinta surgiu em 1923 pelo imigrante português Francisco Lourenço Alves. Mas foi no início do século XXI que a fabricação aliou a base do conhecimento tradicional à tecnologia e passou por ampla renovação, desde nas instalações fabris até a identidade visual da marca, embalagens e linha de produtos, atingindo os mais altos padrões de qualidade internacional. A partir de 2009 conquistou posição de destaque nas melhores lojas, restaurantes e bares e na preferência de clientes e especialistas, das capitais fluminense e paulista, e começou a exportar para mercados exigentes, como os Estados Unidos, Taiwan, Inglaterra e França.

Cachaça da Quinta ganhou recentemente medalha de ouro na 17ª edição do Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil, no qual concorreu com mais de 35 amostras.

Outra bebida premiada no evento foi a Cachaça Margô. Produzida na cidade de Sales de Oliveira, na região da Alta Mogiana no estado de São Paulo- conhecida pela elaboração de cachaças premiadas-, é feita no alambique Jatobá, sob os mais criteriosos padrões de qualidade. A bebida fica envelhecida em barris de carvalho americano por dois anos e vem conquistando premiações de respeito no País, com projeção internacional.

Também está entre os destaques a Cachaça do Coronel, de Minas Gerais, produzida em Taquaraçu de Minas. A história dessa cachaça começa com o Coronel Emiliano que, depois de 30 anos atuando na Polícia Militar, em 2008 comprou o terreno onde hoje funciona o Alambique do Coronel, onde produz a então cachaça artesanal em escala comercial.

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