Por Igor Vazzoler, fundador e CEO da Progic*
O Employer Branding é algo que vem de dentro da empresa e pode ser definido como o posicionamento da marca como lugar a se trabalhar, frente aos colaboradores e possíveis profissionais. Resumidamente é a forma que a organização se relaciona com os funcionários, abrangendo estratégias para divulgar essa associação e expor os benefícios de trabalhar nessa corporação.
Portanto, é algo que precisa ser construído de acordo com objetivos preestabelecidos e que exige coerência entre o que a empresa defende, pratica e expõe. Olhando para as ações com intencionalidade, é possível observar e gerenciar os pontos de contato com os colaboradores que geram essa impressão. Estes podem ser tangíveis, como remuneração, benefícios e convênios, ou intangíveis, como liderança, cultura, clima organizacional e valores da empresa.
Assim, vemos que oferecendo uma boa experiência e um ambiente agradável e próspero para trabalhar, os próprios funcionários defenderão a instituição espontaneamente e farão questão de dizer que trabalham num local que os valoriza, quase como uma “propaganda gratuita”.
Employer Branding e a cultura organizacional
Assim, um projeto de employer precisa ser construído a partir dos pilares estratégicos da empresa, ou seja, deve ser orientado pela sua cultura empresarial. Nesse sentido, considera-se os ideais e princípios que guiam a organização, incluindo a sua missão, visão e valores.
Aplicando na prática e construindo o que faça sentido com a cultura e que converse com todos os elementos e objetivos importantes para a instituição, obviamente não há uma receita exata, já que cada uma é única e tem seus próprios valores. Mas é possível destacar pontos em comum que podem guiar os setores responsáveis pela construção do employer branding em suas ações, mensurações e resultados.
1 – Entender a situação atual da empresa
O primeiro passo de toda mudança é a consciência do estado atual. É necessário avaliar quais benefícios a sua empresa oferece nesse momento, como remuneração, benefícios, suporte material, auxílios, convênios etc.
Deve-se perceber também qual ambiente você oferece para os colaboradores, incluindo tanto infraestrutura e suporte, quanto fatores como cultura organizacional, valores da empresa, como são os líderes, a gestão, as questões de flexibilidade e etc. Isso contribui para avaliar o que pode ser mudado, o que pode ser tido como vantagem e o que vai agradar a determinado público, proporcionando clareza para os próximos passos.
2 – Compreender a cultura da empresa
Como falamos da importante relação entre cultura e employer branding, veja e reveja quais são os valores que a empresa definiu ou deseja definir para os próximos anos. A missão, visão e os valores não só guiarão o planejamento e a observação das métricas, como também vão conduzir a identidade, a utilidade e a função das ações.
3 – Criar um planejamento
Tendo todas essas informações, crie um plano de ação, pensando o que é possível fazer no curto, médio e longo prazo. Isso inclui refletir sobre quais serão os recursos direcionados para isso, como mensurar o progresso etc.
Também deve-se decidir quais serão os setores responsáveis por cada parte da estratégia, haja vista que setores como RH, Marketing, Branding e Comunicação devem conversar constantemente para que cada um faça a sua parte. Assim, vemos que investir em employer branding é fundamental para se manter no mercado nesse momento.
*Igor Gavazzi Vazzoler é fundador e CEO da Progic, empresa líder no segmento de Comunicação Interna com foco em TV corporativa. Engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005), com MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (2007), Igor fundou a Progic (2008) e atuou na estruturação de todas as áreas da empresa, que atualmente é líder no mercado de TVs corporativas no Brasil.