Do sul de Minas Gerais surgiu a ideia inovadora de utilizar o café para a produção de cosméticos e apresentar as propriedades do grão como aliado na busca pela beleza. A empreendedora Vanessa Vilela, 39 anos, uniu a paixão pelo café, vocação da cidade natal de Três Pontas, com tecnologia e inovação.
Em 2007, a empresária começou a colocar em prática seus conhecimentos como farmacêutica e bioquímica. A inspiração para o nome da empresa veio da antiga língua Maia – Kapeh, que significa café. Hoje, a Kapeh tem 20 empregados diretos e mais de 100 indiretos, com distribuição de produtos em 18 estados e mais de 200 pontos de vendas no país. Em média, 5% da produção são destinados para o mercado externo, como Portugal, Holanda e África do Sul.
A parceria com o Sebrae se consolidou em 2011, quando a empresa utilizou consultoria do Sebraetec para implantação de ações sustentáveis, desenvolvimento de produtos e até mesmo para definição de layout comercial. Em todas as ações contou com subsídios do Sebrae de até 70% dos custos totais das consultorias. “O Sebrae foi e continua sendo imprescindível na trajetória da Kapeh”, destaca Vanessa.
Segundo a empresária, há muito a comemorar. “Estou conseguindo mostrar para o mercado como agregar valor ao café, minha grande paixão, unindo tecnologia e qualidade na formulação dos cosméticos”, ressalta. O café utilizado pela Kapeh possui certificação internacional, que garante além de toda rastreabilidade do processo e qualidade do grão, uma produção sustentável, com proteção ao meio ambiente e respeito ao ser humano.
Além de inovar na utilização do café, a empresa também se difere por questões de sustentabilidade. Um exemplo é que de cada seis embalagens devolvidas à empresa, o cliente ganha um novo produto por possibilitar o reaproveitamento da mesma. A empresária também diz que a questão da sustentabilidade e responsabilidade com a procedência do produto é um diferencial no mercado externo.
Atualmente, o Sebrae está com uma consultoria em curso na empresa, que pretende mudar os rumos do negócio. “É para desenvolvimento de layout de quiosques baseados na loja-conceito que temos em Varginha (MG), que une em um só espaço o café como bebida e também como cosmético”, diz. O objetivo é apresentar o grão em sua totalidade e ampliar mercado com um novo modelo de pequenas franquias, que são os quiosques. “O Sebrae está sendo fundamental neste processo de expansão da marca e, consequentemente, nosso aumento de faturamento”, destaca a empresária.