Entenda 5 formas em que o Open Finance transforma modelos de negócios no Brasil

Com mais de 65 milhões de contas conectadas, o ecossistema financeiro aberto permite inovação, mas exige governança, segurança e transparência

Open Finance no Brasil se consolidou como um dos ecossistemas de dados financeiros mais avançados do mundo. Com mais de 65 milhões de contas conectadas e um volume mensal de transações que ultrapassa R$ 1,2 bilhão, de acordo com dados do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, o sistema cria oportunidades inéditas para inovação, personalização de serviços e inclusão financeira.

Para  Clayton Ricardo (foto em destaque), CFO da Idea Maker, fintech que desenvolve soluções para e-commerce de produtos com venda incentivada, meios de pagamento e gestão de dados, o Open Finance vai além da tecnologia. “Ele permite que instituições financeiras construam soluções integradas com base em dados compartilhados de forma segura e com consentimento do cliente, um ponto importante no relacionamento com esse stakeholder”, explica.

Diante desse cenário, o especialista aponta 5 formas em que o Open Finance cria oportunidades seguras e inovadoras para os negócios. Confira a seguir:

1. Garantir confiança por meio de compliance e certificações
O compartilhamento de dados financeiros exige conformidade com normas como LGPD, PCI DSS e certificações internacionais. Clayton ressalta que “nossa autorização como Instituição de Pagamento pelo Banco Central e certificações ISO/IEC 27001, 27701, 37001 e 37301 representam processos auditáveis e práticas estruturadas que garantem que cada dado tratado esteja protegido. Sem isso, qualquer inovação se torna superficial e arriscada”.

2. Personalizar serviços com base em dados compartilhados
Open Finance permite criar produtos sob medida, como aplicativos de pagamento, gestão de investimentos ou soluções de doação digital. “Saber interpretar os dados e transformá-los em experiências seguras e relevantes é o que diferencia um serviço inovador de uma simples oferta digital”, explica o especialista.

3. Integrar diferentes serviços financeiros de forma segura
A integração de pagamentos, e-commerces e serviços sociais em um único ambiente digital depende de arquitetura de dados sólida e governança clara. Segundo o CFO, “um aplicativo que integra pagamentos, investimentos e até iniciativas sociais só funciona se a arquitetura de dados for pensada para segurança, rastreabilidade e governança, caso contrário, a integração vira vulnerabilidade”.

4. Educar e informar o usuário sobre o uso dos dados
O sucesso do Open Finance depende da conscientização do cliente. Por isso, a tecnologia sozinha não garante adesão nem confiança. “Investir em educação, canais de suporte e transparência sobre o uso dos dados é tão importante quanto a própria segurança tecnológica. O usuário precisa sentir que controla suas informações e entende os benefícios que está obtendo”, explica.

5. Proteger dados sensíveis com tecnologia e governança
Criptografia, tokenização e controles rigorosos asseguram que dados financeiros permaneçam protegidos mesmo em ambientes compartilhados. Ricardo enfatiza que “na prática, a confiança do cliente é o que sustenta toda a inovação que o ecossistema permite”.

“Mais do que tecnologia, o Open Finance é uma nova forma de pensar o relacionamento com o cliente. Integrar dados de maneira segura e transparente permite criar soluções mais inteligentes, personalizadas e confiáveis. É exatamente essa combinação de inovação com governança que vai definir o futuro do mercado financeiro”, finaliza Clayton Ricardo, CFO da Idea Maker.

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