Embora siga deficitária no comércio exterior, a indústria têxtil e de confecção do Brasil demonstra tendência de recuperação de alguns mercados importantes, em alguns casos com produtos de maior valor agregado. Dentre os países para os quais as exportações voltaram a crescer em janeiro e fevereiro, depois de terem recuado em igual período na comparação entre 2013 e 2012, estão os Estados Unidos.
Além da retomada dos embarques, quando se comparam os volumes vendidos e o valor das operações, percebe-se haver um ganho de rentabilidade no comércio com os norte-americanos. Eles compraram 1,69% a menos de têxteis e confeccionados brasileiros, em termos de volume, no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. Entretanto, o valor foi 30,16% maior, alcançando US$ 22 milhões, ante US$ 16,90 milhões.
“A despeito das dificuldades enfrentadas no comércio exterior, o setor têxtil e de confecção do Brasil vem se preparando há algum tempo para produzir, cada vez mais, produtos com valor agregado e DNA nacional. Aqui existem 32 mil indústrias, das fibras até as confecções, dos engenheiros aos estilistas. Somos a última cadeia completa do Ocidente”, diz Rafael Cervone, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).