Os índices regionais da produção industrial caíram, na passagem de junho para julho, em nove dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os números da Pesquisa Industrial Mensal Produção Física Regional, divulgados hoje (6), as quedas mais acentuadas foram registradas em Goiás (-6,3%), no Amazonas (-5,9%) e no Pará (-3,2%).
O Paraná (-1,1%), São Paulo (-0,7%), o Rio Grande do Sul (- 0,7%), o Espírito Santo (-0,6%), Pernambuco (-0,6%) e Minas Gerais (-0,2% ) mostraram quedas mais moderadas.
As cinco regiões que apresentaram acréscimo foram: Rio de Janeiro (4,6%), que recuperou parte da perda de 5,1% assinalada no mês anterior, Região Nordeste (0,9%), Bahia (0,4%), Ceará (0,4%) e Santa Catarina (0,2%). Para o total da indústria do país, a produção industrial apresentou leve expansão de 0,3% em julho, na comparação com junho.
Segundo o IBGE, em relação a julho do ano passado, a produção industrial também caiu em nove dos 14 locais pesquisados. No período, a atividade apresentou redução de 2,9%, na média nacional. As perdas mais intensas foram registradas no Amazonas (-14,9%) e em Goiás (-11,5%), decorrentes, em grande parte, do comportamento negativo dos produtos associados ao segmento de bens de consumo duráveis, com destaque para a redução na produção de motos, telefones celulares, televisores e relógios, no primeiro local, e de medicamentos, no segundo.
O Paraná (-7,8%), o Espírito Santo (-6,9%), o Pará (-6,4%), o Rio Grande do Sul (-6,4%), São Paulo (-5,6%) e o Rio de Janeiro (-4,1%) também apresentaram retração na produção acima da média nacional (-2,9%). Santa Catarina (-0,2%) e Minas Gerais (0,3%) registraram taxas próximas da estabilidade no índice. Já Pernambuco (3,3%), a Região Nordeste (2,8%), a Bahia (2,7%) e o Ceará (2,5%) apontaram os maiores resultados positivos na comparação com igual mês do ano anterior.
No indicador acumulado de janeiro a julho de 2012, a redução na produção atingiu oito dos 14 locais pesquisados, com destaque para o Amazonas (-7,6%), o Rio de Janeiro (-6,6%), o Espírito Santo (-6,0%) e São Paulo (-5,9%), com quedas acima da média nacional (-3,7%). O Rio Grande do Sul (-2,9%), Santa Catarina (-2,9%), o Ceará (-1,4%) e Minas Gerais (-1,2%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas no fechamento dos sete primeiros meses de 2012.
O estudo aponta que, nesses locais, o menor dinamismo foi particularmente influenciado pelos setores relacionados à fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar condicionado, telefones celulares e relógios) e de bens de capital (especialmente caminhões, caminhões-tratores para reboques e semirreboques e veículos para transporte de mercadorias), além da menor produção nos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário, farmacêutico e de metalurgia básica.
Por outro lado, Goiás (5,7%), Pernambuco (4,1%), a Bahia (2,9%), a Região Nordeste (2,1%) e o Paraná (1,8%) registraram resultados positivos do índice no acumulado no ano, enquanto no Pará a produção ficou estável ante igual período do ano anterior.