Definir e debater uma estratégia de atuação conjunta entre indústria e comércio na área da construção civil é o objetivo do IV Encontro Nacional da Cadeia da Construção, iniciado na terça-feira (24), na sede do Sebrae Nacional, em Brasília. O evento inédito, que segue até esta quarta-feira (25), reúne gestores do Sebrae em 24 estados e representantes de entidades e empresas parceiras como NHK, Odebrecht, Votorantim e Centro de Tecnologias de Edificações (CTE).
“É a primeira vez que as áreas da indústria e comércio passam a trabalhar de forma integrada para superar os desafios da competitividade na área da construção. Sairemos deste encontro com uma agenda positiva para enfrentar os desafios de forma conjunta e saber encontrar as oportunidades que o mercado oferece”, projeta a gerente de Indústria do Sebrae, Kelly Sanches.
Para o gerente de Comércio do Sebrae, Juarez de Paula, a aproximação é benéfica para toda a cadeia. “O cenário adverso impõe ao Sebrae o desafio de ajudar os empresários a encontrar formas de cortar custos, fidelizar clientes, criar inovações e manter a competitividade das empresas. O diálogo entre o varejo e a indústria é um bom caminho nessa direção”.
Na opinião de Eduardo D’Ávila, da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a realização do encontro já é uma inovação por parte do Sebrae. “Comércio e indústria são dois setores correlatos. Espero que a atuação conjunta traga benefícios para a ponta da cadeia”, pondera.
Para Rafael Gioielli, do Instituto Votorantim, o encadeamento entre indústria da construção e varejo é fundamental tanto para fornecedores quanto ao usuário, clientes e construtores. “Para o varejo é fundamental o encadeamento com grandes empresas. Os construtores de pequeno porte também ganham, pois têm a oportunidade de se formalizarem e conquistarem esta cidadania”, comenta.
De acordo com o engenheiro Roberto de Souza, do Centro de Tecnologias em Edificações (CTE), um dos palestrantes do encontro, a cadeia da construção civil precisa se adaptar rapidamente às novas exigências do macroambiente tendo em vista as crises econômica e ambiental, com sérios problemas com abastecimento de água, que afetam todo o setor.
“Teremos de mudar o paradigma e buscar oportunidades de crescimento no mercado, senão não haverá sobrevivência das micro e pequenas empresas do segmento. Precisamos de melhor governança, planejamento, atenção às normas técnicas e um cuidado especial com a inovação, sustentabilidade e o desenvolvimento integrado de toda a cadeia”, observa.
Do encontro sairão diretrizes para a atuação conjunta entre as unidades de atendimento do Sebrae nos estados. Participam também representantes de associações brasileiras da Indústria de Rochas Ornamentais (ABIROCHAS), da Indústria Cerâmica (ANICER), dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI) e dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO).