*Por Oseias Gomes, empresário, gestor, presidente e fundador da Odonto Excellence Franchising
A inovação é a palavra do século XXI. Tanto é que esse tema é tratado por diversos autores e personalidades à exaustão. Inclusive Steve Jobs disse durante seu discurso para uma turma de formandos em Stanford, citando a mensagem de despedida da edição final da revista The Whole Earth Catalog: “Permaneçam famintos. Permaneçam tolos. Foi o que eu sempre desejei para mim mesmo”. Entendo que ao dizer isso Jobs se refere a nunca paramos de buscar o novo, manter a mente aberta e curiosa para aprender e buscar a inovação de pensamentos, produtos, serviços, ideologias, enfim, permitir que a inovação comece internamente, dentro de cada pessoa que busca um mundo melhor.
Se Steve Jobs ao criar a gigante mundial Apple nos disse isso, certamente podemos tirar um ensinamento e uma inspiração! As empresas precisam ser menos operacionais para serem mais geniais quanto ao conceito de inovar de verdade e, claro, colocar em prática; transformar o sonho em uma ideia; a ideia em um projeto e materializá-lo!
No meu método de trabalho, entendo a inovação como algo fragmentado. Não se pode pensar nela de maneira desordenada, por isso, sugiro que seja feito à luz do que chamo de Tecnologia da ASI (Acoplada, de Serviços e de Impulsionamento). São as diferentes qualidades de tecnologia que podemos trabalhar dentro de um negócio ou produto, sistemas de funcionamento da inovação que enxerguei no mercado. Então vamos a eles:
- Tecnologia Acoplada – grande responsável pela desmaterialização das coisas, uma vez que produtos ou serviços estarão naturalmente inseridos em outros. Exemplos: aparelho celular e computadores. Acoplar tecnologias diferentes dentro de um mesmo produto ou de outra tecnologia é um ótimo caminho para inovar.
- Tecnologia de Serviços –responsável por substituir algumas atividades ou até mesmo fazer desaparecer algumas profissões e atividades no mercado de trabalho. Exemplo do automóvel que inovou com modelos com o câmbio automático popular, que estacionam sozinhos e funcionam até sem um condutor.
- Tecnologia de Impulsionamento – cria exponencialidade e novos mercados, como é o caso das redes sociais. Aqui, as empresas que lograram êxito ou se fizeram existir, ganharam maior alcance e se tornaram algumas das empresas mais valiosas do mundo.
É importante ressaltar a dificuldade das pessoas em acompanhar a inovação quando o desenvolvimento se torna maior do que a capacidade de aprendizado, criando uma espécie de bolha tecnológica entre o consumidor e a inovação. Estamos vivendo hoje ciclos mais curtos de inovação, cada vez com menos tempo para aprendermos a nos adaptar. No passado, as coisas tinham um tempo de validade maior, porém, com o novo ritmo vertiginoso de inovação. Acho válido trazer à tona os tipos de inovação, de maneira organizada, que observo no mundo, são elas:
- Inovação de evolução– aquela que evidencia que algo ou alguma coisa sofreu mudanças tímidas, quase imperceptíveis, como por exemplo bens de consumo como: computador, celulares, carros etc. Imagino que quem está vendendo um produto desta categoria de inovação terá que se esforçar muito para justificar a evolução e gerar o desejo de compra do consumidor.
- Inovação da Revolução – aqui as mudanças são tão acentuadas a ponto de o produto quase perder suas características anteriores, como no caso da televisão que passou por diversas mudanças desde que surgiu no mercado em 1950. Portanto, eu convido você a pensar em alguma inovação para os eu negócio, produto ou serviço. Algo revolucionário que cause uma sensação no mercado e no consumidor.
- Inovação Disruptiva– tão grande que chega de forma arrebatadora ao mercado, enfraquece ou até elimina o modelo anterior a ela, exemplo os aparelhos de DVD’s e os CDs.Com o mercado não se briga, se inova. E, a meu ver, as inovações no mercado serão os produtos que trouxerem consigo serviços que gerem facilidades ou entretenimento.
Inovar é trazer à existência as coisas que não existem como se já existissem. É preciso deixar o negativismo pra trás e entender que a tradição é importante, mas quando ela perde o sentido com o presente e o futuro é preciso dar espaço para o novo.