O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta quinta-feira que o governo não pensa em prorrogar a medida que elevou em 30 pontos percentuais o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos importados.
O aumento do imposto entra em vigor a partir do dia 15 de dezembro e tem validade por 12 meses. Antes, o governo havia decidido pelo início imediato da medida, mas o STF (Supremo Tribunal Federal) a considerou inconstitucional e suspendeu o prazo até completar 90 dias.
"A cobrança com o aumento vigora a partir de 15 de dezembro. Nós não estamos pensando em manter. Nesse período, queremos editar e publicar um novo decreto do regime automotivo", disse, após participar de um encontro com empresários em São Paulo para debater a alta gestão empresarial.
Sobre o endurecimento do governo diante das exigências de conteúdo nacional para a indústria automotiva, Pimentel afirmou que as montadoras terão prazo para se adequar às exigências de conteúdo nacional acima de 65% na produção. Os percentuais serão escalonados para que as montadoras consigam evoluir na formação de uma cadeia de fornecedores brasileiros.
"Vamos, de fato, apertar mais as condições de produção local e conteúdo tecnológico, mas as empresas terão prazo para se adequar", disse Pimentel.
O ministro ainda defendeu as medidas do governo e afirmou que elas serão aperfeiçoadas. "Isso é um processo e estamos nos aperfeiçoando. O mercado brasileiro se tornou atraente para outros mercados e temos que aperfeiçoar as medidas para produção nacional", disse.