Lucro do Pão de Açúcar sobe 16,1% em 2011 e soma R$ 718 milhões

No quarto trimestre o ganho foi de R$ 361 milhões, o que representa alta de 43% ante igual período de 2010

O Pão de Açúcar registrou lucro líquido consolidado, que incluem os resultados de Casas Bahia e Ponto Frio, de R$ 361 milhões no quarto trimestre do ano, crescimento de 43,1% ante os R$ 253 milhões registrados no mesmo período de 2010. No ano, a empresa acumulou lucro de R$ 718 milhões, crescimento de 16,1% na comparação com 2010.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) atingiu R$ 1,096 bilhão no quarto trimestre do ano passado, alta de 50,5% ante os R$ 728 milhões apurados no mesmo período de 2011. A margem Ebitda subiu 1,6 ponto porcentual, para 8,2%. No ano, o Ebitda somou R$ 3,042 bilhões, alta de 49,6% e margem de 6,5%.

A receita líquida consolidada somou R$ 13,371 bilhões nos três últimos meses do ano passado, o que representou um aumento de 21,2%. As vendas no conceito mesmas lojas, que incluem apenas as unidades com mais de um ano de funcionamento, avançaram 8,5% no quarto trimestre do ano passado.

Impacto Casas Bahia

O Grupo Pão de Açúcar apresentou gastos referentes à associação com a Casas Bahia que afetaram o lucro da varejista no quarto trimestre do ano passado. Segundo o relatório de administração que acompanha o balanço da companhia, foram R$ 39 milhões de gasto com associação, referente a processo de contingência em Viavarejo (antiga Globex) ocorrido antes do acordo de associação com Nova Casas Bahia, e R$ 19 milhões de despesas com integração, principalmente, pela baixa de ativos em função do fechamento de lojas de Ponto Frio no trimestre.

Excluídos estes gastos, o lucro líquido ajustado do Pão de Açúcar, apenas nas operações alimentares, teria sido de R$ 344 milhões no quarto trimestre de 2011, o que representaria um incremento de 98% frente ao resultado também ajustado de R$ 174 milhões do mesmo intervalo de 2010. Nas operações alimentares, o lucro líquido do Pão de Açúcar apresentou estabilidade entre os períodos, encerrando o últimos trimestre do ano passado em R$ 291,2 milhões.

O balanço detalhou que no quarto trimestre a linha de depreciação e amortização atingiu R$ 180 milhões, aumento de 71,4% em relação ao mesmo período de 2010. "Esse aumento foi devido principalmente à amortização dos intangíveis oriundas da combinação de negócios da associação com Casas Bahia no valor de R$ 61,4 milhões. Se excluirmos esse efeito, a linha de depreciação e amortização seria de R$ 118,6 milhões, um aumento 13,0% em relação ao 4T10", afirmou a empresa no balanço.

Ainda apenas nas operações alimentares, a geração de caixa, medida pelo Ebitda, avançou 23,5%, para R$ 650 milhões. A margem Ebitda, por sua vez, avançou 1 ponto porcentual, para 9%. Já a margem bruta apresentou um incremento de 0,2 ponto porcentual, para 26,1%.

Segundo a companhia, o patamar de 9% de margem Ebitda foi o maior desde a abertura do capital da companhia. Nos resultados do varejo alimentar, excluídas as operações de atacado, a margem Ebitda somou 9,7%, representando um incremento de 0,8 ponto porcentual sobre igual intervalo do ano passado.

A empresa informou que o aumento na margem reflete ganhos de 0,3 ponto porcentual na margem bruta proveniente das conversões dos formatos CompreBem e Sendas para Extra Supermercado e de melhores negociações com fornecedores – alinhados com a estratégia comercial que se utiliza de sistemas de TI, como DemandTec e Oracle Retail, possibilitando assim uma melhor gestão comercial.

Além disso, a empresa destacou a redução de 0,5 ponto porcentual nas despesas operacionais, como "consequência da racionalização de gastos com serviços de terceiros e da economia em tecnologia da Informação."

Apenas nas operações de "atacarejo" a margem Ebitda avançou 2,4 pontos porcentuais, para 5,4%. Segundo a empresa, esse patamar foi o maior de margem Ebitda já alcançado desde a aquisição do Assai.

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