A necessidade de complementar a renda ou pagar as contas de casa tem levado as mulheres a escolherem o empreendedorismo como opção de vida. De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, patrocinada pelo Sebrae no Brasil, a taxa feminina de empreendedorismo por necessidade é 12 pontos percentuais maior do que a dos homens. São 32% os empreendedores que abrem uma empresa por necessidade. Entre as empreendedoras, esse número salta para 54%.
Apesar delas empreenderem mais por necessidade e elevarem a taxa geral desse tipo de empreendedorismo para 45%, as mulheres ainda não são a maioria entre o total de empreendedores brasileiros. Enquanto a taxa de empreendedorismo atingiu seu maior patamar em 2015 – 39,3% -, a proporção total de mulheres adultas envolvidas com o empreendedorismo é de 36,4%, enquanto que a dos homens é 42,4%.
“As mulheres sempre empreenderam mais por necessidade do que os homens, mas, particularmente no ano passado, cresceu muito a proporção de mulheres que empreendem para ajudar no sustento da família. A crise promoveu, entre o público feminino, uma maior procura pelo empreendedorismo”, destaca o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
A GEM também revela que as empreendedoras iniciais, aquelas envolvidas na criação de um negócio ou com empresa estabelecida há no máximo três anos e meio, concentram-se mais em atividades como restaurantes, serviços domésticos, cabeleireiros e comércio varejista de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal. Já os homens com negócios em fase inicial se concentraram mais na construção, restaurantes, cabeleireiros, manutenção de veículos, obras de acabamento e móveis de madeira.