O mercado de trabalho está menos volátil neste ano em relação a 2010. Esta é a conclusão do gerente da coordenação de trabalho e rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo, ao analisar a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) de agosto, divulgada hoje.
Em janeiro deste ano a desocupação alcançou 6,1% da população economicamente ativa (PEA) das seis principais regiões metropolitanas do país. Em março, quando foi a 6,5%, a taxa chegou a seu pico no ano, e a partir daí o desemprego manteve relativa estabilidade, em 6,4% em abril e maio, caindo para 6% em julho e agosto. Já em igual intervalo do ano passado a oscilação foi mais forte. Em janeiro de 2010 o desemprego foi de 7,2%, subindo para 7,6% em março e recuando para 6,7% em agosto.
Azeredo nota que em 2011 ainda não houve um volume de contratações expressivo para que o mercado de trabalho absorvesse a mão-de-obra disponível, por isso, a taxa de desocupação apresentou estabilidade em 6% em julho e agosto. “Para ocorrer uma queda maior na desocupação, o mercado precisa se aquecer mais para abrir mais vagas e absorver essa demanda de mão-de-obra”, afirmou o gerente do IBGE.
Para Azeredo, há uma tendência de aumento do rendimento do trabalhador nos próximos meses. De acordo com a PME, em agosto o rendimento médio real habitual da população ocupada aumentou 0,5% na comparação com julho, alcançando R$ 1.629,40. Em relação a agosto de 2010, o rendimento médio subiu 3,2%.
“O rendimento da população ocupada varia de acordo com a estrutura que o mercado apresenta. O mercado está se formalizando, então, há mais pessoas ganhando melhor”, analisou Azeredo, acrescentando que “se há estabilidade na procura por trabalho, tendência de alta na ocupação e aumento no rendimento e na formalização, há um cenário econômico favorável que se reflete no mercado de trabalho.