O mercado financeiro elevou a previsão para a alta de preços acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010 e em 2011, conforme a pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação em 2010 subiu de 5,48% para 5,58%, em um patamar ainda mais distante do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Já a estimativa para o IPCA em 2011 avançou de 5,05% para 5,15%.
No caso da inflação de curto prazo, o mercado subiu de 0,55% para 0,65% a previsão para o IPCA de novembro. Para a inflação de dezembro, a taxa prevista manteve-se em 0,50%, de acordo com a Focus.
A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, segundo a pesquisa semanal Focus, não foi alterada. A estimativa para a expansão da economia neste ano segue em 7,60%. Para o ano que vem, a previsão para o PIB foi mantida em 4,50%. A estimativa para a produção industrial em 2010 caiu de 11,07% para 11,00%. Para o ano que vem, a projeção para a expansão da indústria subiu de 5,25% para 5,40%.
Juros e dólar
De acordo com a pesquisa Focus, os analistas também mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2010 e 2011. A estimativa para a Selic no fim deste ano permaneceu em 10,75%. No fim de 2011, em 12,00%.
Os analistas mantiveram o patamar esperado para o dólar no fim de 2010. A taxa de câmbio esperada para o fim de dezembro permaneceu em R$ 1,70. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana permaneceu em R$ 1,75. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em R$ 1,76 e do câmbio médio em 2011 permaneceu em R$ 1,74.
Contas externas
O mercado financeiro manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano é de US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 68,00 bilhões para US$ 68,06 bilhões.
Já a previsão de superávit comercial em 2010 seguiu em US$ 16,00 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial permaneceu em US$ 8 bilhões. Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, de US$ 30 bilhões. Para 2011, a previsão caiu de US$ 37,0 bilhões para US$ 36,0 bilhões.