Automação, finanças embutidas e adaptação regulatória são as principais ferramentas que vão transformar o setor de pagamentos
As fintechs caminham para uma transformação profunda no próximo ano. De acordo com estudo “The Future of Fintech: Trends for 2026”, da Numafi, o setor deve evoluir ainda mais com automação total de pagamentos, integração invisível de serviços financeiros e uso estratégico de inteligência artificial para personalização e decisões financeiras em tempo real.
“Estamos entrando em uma fase em que a experiência financeira será tão fluida que o pagamento quase desaparecerá. As ferramentas financeiras vão operar de forma integrada, como infraestrutura do negócio e não apenas como produtos isolados. Cabe às fintechs acompanharem essas transformações, mantendo-se atualizadas e regulamentadas dentro dessa nova dinâmica”, afirma Clayton Ricardo (foto em destaque), CFO da Idea Maker, fintech que desenvolve soluções para e-commerce de produtos com venda incentivada, meios de pagamento e gestão de dados,
De olho no estudo e com o movimento do mercado, o executivo compartilha 4 ferramentas financeiras que prometem revolucionar 2026. Confira:
1. Finanças embutidas (embedded finance)
Não é uma grande novidade no mercado financeiro, mas o embedded finance está se tornando cada vez mais fluido e natural na experiência do usuário. O CFO destaca que não se trata de criar novos produtos, mas de integrar pagamentos, crédito e serviços financeiros de forma tão natural que o usuário nem percebe, seja em marketplaces, e-commerce ou apps de serviços. “As finanças embutidas já são uma realidade consolidada. O novo desafio está na aplicação inteligente dessas soluções, com escalabilidade, segurança e boa experiência de uso”, ressalta o executivo.
2. Regulação e governança como diferencial
No Brasil, o ambiente regulatório para fintechs está em evolução constante, representando tanto desafio quanto oportunidade. “Empresas que antecipam compliance e governança, com chancelas de diferentes órgãos regulatórios ou até certificações, conseguem crescer de forma segura e se diferenciam no mercado. É preciso integrar a regulação e proteção dos processos, desde o design das soluções até a ponta final para o cliente”, observa Clayton.
3. Automação e IA em decisões financeiras
A automação de ponta a ponta permitirá que empresas processem pagamentos, reconciliação e compliance sem intervenção manual. A inteligência artificial vai viabilizar personalização em tempo real, detecção de fraudes e decisões de crédito inteligentes. “O diferencial competitivo estará na capacidade de transformar dados em ações rápidas, seguras e confiáveis”, explica o CFO da Idea Maker.
4. Crescimento sustentável e inclusão
Fintechs que promovem inclusão financeira e soluções sustentáveis estarão à frente. Segundo o executivo, “microcrédito, pagamentos digitais acessíveis e soluções integradas a plataformas diversas vão ampliar a base de clientes e gerar impacto social positivo.”
Para o executivo, 2026 será o ano em que a automação financeira deixará de ser tendência e se tornará prática consolidada. “A tecnologia não é mais um produto: é infraestrutura. Empresas que conseguirem integrar pagamentos, dados e experiência do cliente de forma fluida e segura estarão na liderança do setor”, conclui o especialista.



