11|05|2012
O Banco Central do Brasil reduziu novamente a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, de 9,75% para 9%, como previsto por diversos economistas. Isso é reflexo das metas traçadas pelo Governo na busca da redução das taxas de juros e do aquecimento do mercado interno frente aos problemas internacionais com a economia.
A redução poderá ajudar, inclusive, o aquecimento do consumo; o grande problema não está somente nos juros, mas também no crescimento da economia brasileira. O Banco Central acredita que o PIB cresça, em 2012, entre 3,5% e 4%, diferente da expectativa do Governo, que é 4,5%.
A busca pelo equilíbrio no sistema econômico depende de outros fatores que somente poderão ser controlados se houver intervenção do Governo de forma saudável. Não podemos ser protecionistas, como aconteceu com os artigos importados – atitude criticada por todo o mundo. Outro aspecto onde ainda temos alguns problemas são as commodities que possuem preçosinternacionais como petróleo, etanol, açúcar etc.
Recentemente, o Ministério do Trabalho, através do CAGED, trouxe informações importantes com relação à empregabilidade, como o crescimento e da mão de obra com carteiraassinada. Além disso, diversos profissionais, demitidos de outros setores, são absorvidos, principalmente, por empresas prestadoras de serviços – mercado que vem crescendo significativamente.
Para que haja uma escala de produção e consumo, há a necessidade de que novas empresas que se instalarem aqui e as que estão em expansão possam contar com profissionais qualificados. Vivemos um apagão da mão de obra. Muitas empresas de vários segmentos enfrentam enormes dificuldades na hora de contratar um profissional qualificado.
É fundamental uma ação mais forte do Governo e sindicatos na capacitação urgente de profissionais, para que, assim, sejam recolocados rapidamente e possam colaborar para o aumento da produção e empregabilidade. Estes são pontos importantes para termos produção e contribuir para o aumento do PIB, gerando impostos ebuscando a redução da dívida interna e externa, através do aumento do superávit primário.
Talvezseja a hora do Ministério do Trabalho reduzir a idade de contratação do menor, que hoje é de 16 anos, para 14 anos. Por meio de estágios e escolas profissionalizantes, o menor vai sendo preparado para assumir seu lugar no mercado de trabalho e conquistar uma melhor qualidade de vida.
Reginaldo Gonçalves é coordenador de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).