Nove empresas se cadastraram para produzir tablets no país, diz ministro

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou, nesta quinta-feira (21), que nove empresas já estão cadastradas para produzir tablets no Brasil. O ministro disse ainda que a produção deve começar no próximo mês.

"A presidente Dilma tem nos cobrado que todos estes programas precisam ter a preocupação com a produção de conteúdo nacional e este é o objetivo. A última informação que tive do ministério de Ciência e Tecnologia é de que já temos nove empresas cadastradas e que elas devem começar a produzir já em agosto", disse o ministro durante o programa “Bom Dia Ministro”, transmitido pela TV estatal NBR.

O ministro afirmou que as medidas do governo para reduzir os impostos sobre os tablets produzidos em território nacional e a forte concorrência do mercado podem resultar em uma redução de até 36% no preço dos produtos. "Com o perdão da palavra, no fim do ano eu acho que vai bombar a venda de tablets", afirmou Bernardo.

Em maio, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, havia afirmado ao G1 que 12 empresas haviam manifestado interesse em produzir tablets no Brasil. Além da Foxconn, responsável pela montagem do iPad, da Apple, as outras 11 empresas eram, conforme o ministro, Positivo, Envision, Motorola, Samsung, LG, Itautec, Sanmina, Compalead, Semp Toshiba, AIOX e MXT.

Há dois meses, o governo publicou no "Diário Oficial da União" a medida provisória número 534, que incluiu os tablets na chamada "Lei do Bem". A regulamentação era um dos passos aguardados dentro do acordo entre o governo federal e a iniciativa privada para produção dos equipamentos no Brasil.

Banda larga

De acordo com Paulo Bernardo, durante o "Bom Dia Ministro", o fim do ano também trará avanços ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo o ministro, a conexão de 1 Mbp de velocidade por R$ 35 já estará disponível em até 60 dias. Além disso, ele ressaltou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vota até o fim de outubro os projetos que definem os parâmetros mínimos de qualidade para as empresas que fornecem acesso à internet móvel e fixa.

"Os projetos já estão em tramitação. Se as empresas não cumprirem o que prometem, a Anatel pode aplicar algumas punições ou até determinar que elas parem de vender. Temos a vantagem de que hoje já existem programas no computador que acusam a velocidade da internet que você recebe, o que facilita na hora de comparar com a velocidade que o consumidor contratou", disse.

Paulo Bernardo também adiantou que a Anatel se reúne nesta quinta para estabelecer regras de concorrência entre as empresas do setor. "É comum que uma empresa seja forte em uma região e a outra seja forte na outra. Essas regras que serão votadas vão acirrar a concorrência entre as empresas, o que vai resultar em barateamento dos preços", explicou o ministro.
 

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