Por David de Freitas Neto, cofundador e Enterprise Sales Executive da Zeev*
A transformação digital deixou de ser algo futurista e hoje é uma realidade em nosso cotidiano, inclusive, nas empresas. Hoje, a rotina de trabalho é influenciada por uma série de tecnologias que buscam facilitar a execução das atividades e evitar uma série de dores de cabeça, como erros cometidos por trabalhos manuais. Além disso, essa nova era permite reduzir custos, entre outros benefícios.
Os processos tecnológicos de inovação são contínuos, o que os torna mais do que um ideal a se atingir. O conceito de transformação digital significa manter uma cultura propícia à inovação no negócio. Inteligência Artificial (IA), computação em nuvem, big data (grandes conjuntos de dados), blockchain, Internet das Coisas, entre outras tecnologias já fazem parte das nossas rotinas diariamente. Dessa forma, o digital funciona como um braço direito para o crescimento otimizado, direcionado e descomplicado.
Um estudo anual de mercado publicado pela Equinix – empresa de infraestrutura digital -, intitulado Global Interconnection Index (GXI) 2023, indicou que o digital segue crescendo globalmente, com taxa de crescimento anual de 35% em todas as regiões e grandes cidades até 2025. Independente do tamanho da empresa, implementar e cultivar o conceito de transformação digital traz uma verdadeira revolução na forma como as atividades são realizadas e no cotidiano corporativo.
O digital está completamente relacionado à inovação e, por isso, trata-se de um processo contínuo e que vai além da implementação das tecnologias. Assim, cabe a inclusão de ferramentas, mas também impacta os processos de gestão de pessoas e transformações no mindset. Em outras palavras, a transformação digital é uma estratégia de mudança impulsionado pela tecnologia. As modificações transformam processos, a cultura interna, ferramentas e o capital humano.
Talvez muitos já tenham ouvido essa frase, já que há algum tempo o tema tem sido a pauta dos principais executivos globalmente. O Diretor de Comunicações da Appian, Ben Farrel prega que a transformação significativa e de alto valor decorre do uso de tecnologias inovadoras para alterar profundamente a forma como a organização opera, desenvolve e fornece produtos e serviços, atrai e retém clientes, envolve e capacita seus funcionários.
Brian Solis, principal analista da Altimeter – empresa internacional de pesquisa e consultoria em tecnologia –, antropólogo, futurista e palestrante globalmente reconhecido, considera a transformação digital como uma das tendências mais importantes dos negócios, moldando como as empresas trabalham, comercializam e inovam para competir em uma economia digital em constante mudança.
Investir na transformação digital significa transformar, de verdade, a sua empresa. Incluindo a inovação como parte do seu dia a dia. Para exemplificar, aponto alguns motivos:
Redução de processos manuais. Isto é, atividades que antes eram manuais como o atendimento ao cliente, processos de compra e orçamento e até mesmo a gestão interna da empresa podem ser digitalizadas. Assim, é possível acessar a informação de qualquer lugar, sem limites geográficos e sem gastos expressivos.
Inovação também significa entregas de qualidade. Afinal, a tecnologia permite digitalizar, padronizar processos, automatizar processos e programar equipamentos para que trabalhem com eficiência. Além disso, a transformação digital garante mais segurança para as empresas, considerando que toda empresa trabalha com dados. Sejam eles informações dos clientes, dos colaboradores ou da própria empresa, ainda que esse processo seja manual. Com a tecnologia é possível conferir mais segurança para essas informações e garantir que sua empresa esteja conforme a LGPD (Lei Geral da Proteção de Dados).
Agora, um tópico que sempre entra em discussão: os custos. Investir em tecnologias digitais não é sinônimo de custos extras, muito pelo contrário, engana-se quem imagina que investir em tecnologia é caro. Hoje, com as plataformas de desenvolvimento low-code (sem código ou com pouco código), é possível acessar inovações como os apps próprios para a empresa por um custo muito reduzido, além de maior eficiência e pouco tempo de espera. A implantação de tecnologias adequadas é capaz de promover a otimização e a produtividade aos processos, e assim, gerar economia dos recursos da empresa.
Por fim, mas menos importante, empresas que inovam garantem maior vantagem competitiva. Empresas que não se atualizam ficam para trás. Isso significa, por exemplo, oferecer novos canais de atendimento para seus clientes e a integração de todos eles para uma experiência mais atrativa do que a da concorrência.
*Com 25 anos de experiência em TI e Processos, David de Freitas Neto é Co-founder e Enterprise Sales Executive na Zeev. Ele possui pós-graduação em IA pela I2A2, além de Gestão de Projetos, extensão em Estratégia Negócios e CA Certificado CBPP. Neto já atuou em projetos de diversos portes, em clientes de diversos segmentos, como Citi, Bradesco, Itaú, Santander, Atento, BMG, Brasilprev, Unimed, Banco de Tokyo-Mitsubishi, Interfile, Cadburry Adams / Kraft, Unimed, Chubb, Avis, JHSF, Orizon, Secretaria da Fazenda, Tokio Marine, entre muitos outros.